quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Take me for a little while!

O que acontece quando duas lendas vivas do Rock decidem unir-se assim, do nada, pra montar uma banda? Surge Coverdale-Page. Um dos discos mais legais dos anos 90. Lançado mais precisamente em 1993, o disco de estréia é uma mescla de Zeppelin com Whitesnake. Arrisco-me a dizer que se o Led tivesse seguido carreira, o som iria sair dessa maneira.

Basta ouvir Pride and Joy (não, não é aquela do Steve Ray Vaughan). É Led puro. Como eu disse, juntou o guitarrista da maior banda de rock dos anos 70 (Jimmy Page) com o maior e mais carismático vocalista dos anos 70/80/90 (David Coverdale). Coverdale sempre se deu bem por onde passou (Deep Purple, Whitesnake) e é um cara que todo mundo gosta, independente do trabalho que ele faça.


Esse disco é algo surpreendente. O timbre que Jimmy Page consegue tirar de sua Gibson é algo surreal. E a banda que acompanha os dois é muito boa. Destaque pra cozinha que teve a participação de bons músicos, entre eles Guy Pratt que fez parte da Pink Floyd. Ouve até um rumor de que, junto com John Paul Jones e Jason Bonham, eles fossem fazer uma turnê de reunião do Led Zeppelin.

Mas como todo rumor em torno da Zep é SÓ um rumor... Imagino como teria sido essa turnê. Até porque o timbre de vocal do Coverdale é muito parecido com o de Robert Plant. Mesmas melodias, mesmos agudos. Iria ter sido bem legal. Mas já que não teve turnê de reunião da Led, vamos curtir esse disco que vale muito a pena.


Coverdale Page by Luis Fernando Brod on Grooveshark

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Amazing Journey (listening to you I get the music)!

03 de maio de 1970. Esta foi a data em que uma gravadora perpetrou uma das maiores safadezas contra uma banda e seus fãs. Foi a data de lançamento do LP (alguém ainda lembra o que é isso?) “Live at Leeds”, que continha seis faixas onde a própria Banda avisava na contracapa da bolacha que o disco era estalado mesmo; que não se tratava de defeito das “agulhas” ou dos aparelhos de som dos consumidores; que era um projeto meio “pirata” por isso o layout da capa, a mixagem ruim, o som pior ainda. Enfim, o disco era uma joça! Alguns alucinados, sobretudo da imprensa, começaram uma história de que aquele era “o melhor álbum ao vivo da história do rock” até então. E você sabe como é, o público sempre vai atrás desses blá-blá-blás, afinal o que está no jornal é verdade absoluta, senão não estaria no jornal. De maneiras que “Live at Leeds” alcançou o status de clássico instantâneo.

E, quase que num transe auditivo, apareceriam dois narigudos: um, vestindo um macacão daqueles de frentista do manicômio, destruía cem guitarras por minuto na minha cabeça; o outro implodindo cada pedaço de razão que ainda pudesse restar num sub-desenvolvido crânio sul-americano com uma bateria que mais parecia uma máquina dos infernos. Ah, sim... tinha ainda um baixista que fazia com “seu instrumento” o que a gente poderia chamar de “justiça com as próprias mãos” e também um vocalista trajando uma camisa de braços cheios de franjinhas e que, quando não estava urrando no meus ouvidos, pensava que seu microfone era algum protótipo de helicóptero, como uma engrenagem bem azeitada, esse amálgama de feiúra, insanidade, suor, barulho, fúria e rock & roll jogava a pá de cal definitiva sobre os 60s, sepultando os Burt Bacharahs, Jose Felicianos e Sonny & Cher da vida pop e mandando a mainstream hippie e o tal de paz & amor pro diabo e para o LSD que lhes carregassem.


Eles se chamavam The Who, ou esse tal de rock & roll, como queira, e estavam ali em Leeds, cientes de que tinham uma responsabilidade (ou não) para com aquela audiência. Do You Think It's Allright, We're Not Gonna Take It e Welcome My Life Tatoo eram as porradas sonoras do então recém lançado Live At Leeds. Depois de “Live at Leeds”, nada foi mais o mesmo, nem as bandas, nem os discos ao vivo, nem as platéias do rock, nem eu. O fato é que “Live at Leeds” foi o show parâmetro que todas as grandes bandas da mesma época tentaram alcançar, mas que permaneceu inatingível até 1995, quando as gravadoras lançaram um novo disco do Who, chamado... “Live at Leeds”! Nesse ano, o The Who ganhou muito milhares de dólares com o relançamento melhorado (sem os estalos genuínos) e com músicas adicionais. Até aí tudo bem.

Só que em 2001, outra "puta falta de sacanagem". Live At Leeds Deluxe Edition. Essa foi a versão que eu adquiri, comprada diretamente dos EUA. E ali, naquele momento, aquele transe que muitas pessoas tiveram em 1970, eu tive 31 anos depois. Foi uma sensação indescritível. Só mesmo quem ouve o disco no volume máximo nos fones de ouvido (é, porque obrigatóriamente TEM que ser nos fones, pra sensação ser mais completa) sabe o que eu estou falando.

Sempre me falaram que TOMMY é o grande legado do The Who. Não tem como negar a importância de Tommy no cenário, por se tratar da primeira ópera-rock álbum conceitual e tudo o mais... Mas Live At Leeds com a sua versão deluxe conta, inclusive, com a versão quase completa de Tommy, salvo Cousin Kevin, Underture e Welcome. E fala por si próprio. Embarque você também nessa "Amazing Journey".
fonte: www.whiplash.net

Experimente:

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Party everyday...

Era uma banda que já tinha lançado dois discos. Kiss e Hotter Than Hell. Mas foi com o terceiro petardo que eles realmente começaram a virar a Kiss que conhecemos hoje em dia. Também foi com esse disco que eles saíram em turnê, a Dressed To Kill Tour 75 e, nesse mesmo ano eles lançaram um dos melhores discos ao vivo, o Alive I.

A Kiss é uma banda que sempre fez um rock bem básico, daqueles refrões que grudam na cabeça e custam pra sair. Particularmente, depois de Alive I, este é um dos melhores discos da época mascarada. Há um boato que circula até hoje que eles inspiraram a banda Secos e Molhados (ou seria vice-versa?).


Fica nítida que a produção do disco, que foi feito totalmente as pressas é meio amadora, mas é um disco muito bom, com bons riffs e com bons timbres. Nesse disco eles usaram coisas bem simples mesmo, pra tirar o melhor som do instrumento. Acho que é assim que fica legal uma banda. Sem muito nhém nhém nhém, sem o aditivo da tecnologia, tudo analógico mesmo.

Bem, com clássicos como C'mon and Love Me, She, Love Her All I Can e o hino Rock N' Roll All Nite, este disco é sem sombra de dúvidas uma peça indispensável na discografia de qualquer amante da boa música.

Quer se divertir? Experimente:

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Can't Get Enough (for your love....)

Formada em meados de 1973, a Bad Company é considerada um super grupo dentro do Hard Rock, pois quando começaram traziam em seu "cast" nada menos que Bozz Burrell, ex-baixista da banda King Crimson (falecido aos 60 anos em 2006), o guitarrista do Mott the Hoople Mick Ralphs, além de Simon Kirk e o virtuoso vocalista Paul Rodgers, estes dois oriundos da então Free (All Right Now). Isso só foi possível pois Paul Rodgers negou um convite tentador para substituir Ian Gillan no Deep Purple (aí você já pode imaginar como teria sido o Purple com ele...)

Empresariados por ninguém menos que Peter Grant (famoso empresário do Led Zeppelin) assinam um contrato com a gravadora Island, e logo no início de 1974 lançam seu primeiro disco, intitulado somente "Bad Company", que ocupa o primeiro lugar na parada Norte-Americana, lançando juntamente um single, "Can’t Get Enough", que atinge o quinto lugar, ao mesmo tempo em que fazem um turnê de sucesso pela terra de Tio Sam.


Tenho certeza de que "Can't Get Enough", "Ready for Love" e todas as outras faixas deste belíssimo disco, vão fazer a sua cabeça. Para admiradores de um bom disco de Rock, na linha de Whitesnake (qualquer semelhança é mera coincidência) a dica está logo abaixo. Na verdade, não tem muito o que ser dito, basta conferir mesmo e tirar as suas próprias conclusões.

Experimente: