Sabe aquele disco, daquela banda que você curte pra caramba mas que, por algum motivo do destino, nunca é lembrado pela crítica ou até mesmo por você? Pois bem, hoje vou falar sobre o THE ETERNAL IDOL, um baita disco que foi gravado pela banda BLACK SABBATH.
A história do Black Sabbath eu não preciso contar aqui pois todo mundo (ou quase) conhece. Depois de clássicos, o Sabbath meio que se perdeu em seu caminho. Depois que Ronnie James Dio saiu da banda e partiu pra carreira solo, Tony Iommi se sentiu meio deslocado e começou um vai-e-vem de músicos na banda, principalmente de vocalistas. Isso (na verdade) acontecia em muitas bandas (Dio, Purple, Whitesnake, Rainbow). Mas no Sabbath era meio inusitado. Em 83 lançam Born Again onde o vocalista da banda foi Ian Gillan (eterno Deep Purple). Em 86 um grande disco com Glenn Hughes nos vocais (Seventh Star). Isso sem contar uma breve aparição de Rob Halford nessa época aí também, mais precisamente no lançamento de Born Again. UFA! É muita gente né?
Bem, aí em 87 ele convida um baita vocalista chamado RAY GILLEN. O cara tava despontando como uma promessa e lógico, Tony Iommy viu uma oportunidade. Em 1985 ele virou vocalista da banda RONDINELLI do grande BOBBY RONDINELLI que tocava na RAINBOW na oportunidade. Logo em seguida, recusou um convite para o musical de CATS e aceita o "emprego" pra gravar THE ETERNAL IDOL. A história por trás do disco é inusitada. Por muitos problemas financeiros (pelo menos são as fontes) Ray Gillen assim como Eric Singer que tocou bateria no disco (mais tarde iria pro Badlands e futuramente KISS) e Dave Spitz que tocou baixo (eterno Anthrax) resolvem deixar a banda. Com o disco praticamente pronto, Iommy chama Tony Martin, o eterno vocalista de segundo escalão. Bem, continuando a história do Gillen, logo em seguida junto com com John Sykes (Tygers of a Pan Tang, Whitesnake, Sykes) monta a Blue Murder. Particiou também do projeto PHENOMENA de Glenn Hughes até que em 1987 junto com Jake E. Lee (guitarra ex-Ozzy), Eric Singer (ex-Sabbath, baterista) e Greg Chaisson (baixo, desconhecido) monta a BADLANDS, que futuramente ganharaá um post. Fatalmente ele viria a morrer de AIDS. Uma pena, pois era um grande vocalista.
Voltando agora a história de Eternal Idol, o disco não é lá graaaaaaaande coisa não. Deixa um pouco a desejar. Mas ele marcou uma época interessante de minha vida e resolvi postar aqui pra vocês. Eu curto o disco. A música que mais se parece com o estilo Sabbathiano é justamente a última do disco que leva o nome do disco. Sonzera. Grande vocal, grande atmosfera. Sombria. Vai valer a pena conferir.