quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Lou Reed: 20 músicas essenciais da lenda do rock


Lou Reed, que faleceu no último domingo, deixou uma grande obra registrada. Porém, muitas pessoas ainda não conseguem entender o tamanho de sua influência no rock. Só pra se ter uma ideia, sem ele o "punk" como conhecemos hoje em dia e todas as suas vertentes nunca existiriam.

Para você que ainda tem uma "pulga" atrás da orelha com ele, a Rolling Stone publicou um guia com 20 músicas para melhor conhecer a obra de Lou Reed. Acomode-se na cadeira, procure saber além das músicas citadas, pesquise e veja o porque ele é um dos maiores músicos da história do rock. Boa viagem.

Depois de deixar o Velvet Underground, em 1970, Lou Reed foi trabalhar com o pai, em um escritório de contabilidade, como datilógrafo. Se ele nunca mais fosse tocar uma nota na vida, aqueles quatro discos feitos com os Velvets seriam o bastante para que ficasse estabelecido como um dos mais visionários compositores do rock. Por sorte (dele e nossa), Lou Reed continuou fazendo música por décadas. Selecionamos 20 músicas essenciais deste lendário animal do rock.

"I'm Waigint For The Man"

Um rock urgente do primeiro disco do Velvet Underground, lançado em 1967. A letra fala sobre um aida à cidade para comprar drogas. Com John Cale martelando um piano e Reed mostrando tudo aquilo que estabeleceria seu estilo: resistente, urbano, barulhento, tabu e poético.


"Sister Ray"

No segundo disco do Velvet, White Light/White Heat, Reed levou o grupo o máximo que ele podia com um som épico, barulhento e debochado. Dezessete minutos e meio improvisados, com letras sobre uma orgia de travestis cheia de drogas. Serviria como inspiração para inúmeras bandas nas décadas seguintes, mas, em 1968, quando o álbum foi lançado, o som dominante era psicodélico e os Velvets se destacaram, transformando-se em um gênero próprio.


"Pale Blue Eyes"

O outro lado do talento infinito de Reed para o veneno descarado era a capacidade de escrever lindas baladas como esta, que está no terceiro álbum do Velvet, lançado em 1969. A faixa já ganhou versões de R.E.M., Hole e Patti Smith - mas a original é ainda a melhor.


"Satellite Of Love"

De Transformer, álbum solo de Reed, produzido por David Bowie e Mick Ronson. É um conto de ficção-científica sobre infidelidade e voyeurismo, uma canção de ninar espacial ou um lamento alegórico? Já se passaram 41 anos e ainda é uma charada, envolta em melodia, dentro de um enigma.


"Walk On The Wild Side"

A mais famosa música de Reed, uma doce e nostálgica história sobre os travestis da comitiva de Andy Warhol chegando a Nova York e fazendo sexo oral no "quartinho dos fundos". O single, de Transformer, foi considerado transgressor, que é um pequeno milagre ter tocado nas rádios - e foi a única canção dele que chegou ao top 40 norte-americano.


"Vicious"

É uma famosa faixa de Transformer, muito por conta do verso "vicious / you hit me with a flower". A letra foi escrita a partir de uma conversa de Reed com Andy Warhol.


"Sad Song"

Muitos fizeram álbuns em Berlim. Mas o Berlim de Lou Reed serve de base para comparação todos os outros. Quando o álbum chega ao fim, com esta balada épica, "Sad Song", parece que todo o mundo estava em colapso e próximo do fim.


"Sweet Jane"

Esta versão ao vivo de uma das mais famosas faixas do Velvet Underground (do álbum Rock 'n' Roll Animal) foi um marco para o rock de rádio por muitos anos, por causa da longa introdução. Nela, os guitarristas Dick Wagner e Steve Hunter mostram como é possível que duas guitarras trabalhem juntas, sincronizadas em perfeição.


"Metal Machine Music"

Uma das ações mais hostis que um músico já fez contra o público e a gravadora; em 1975, depois de lançar o disco mais bem-sucedido em vendas, Sally Can't Dance, ele lança um álbum recheado de distorção e barulho. MMM inspirou um dos melhores textos do critico Lester Bangs, que disse: "humanos sencientes vão achar impossível não sair da sala em que este disco estiver tocando".


"Street Hassle"

Esta mini-opera rock (do álbum Street Hassle, de 1978), começa apenas com cordas de orquestra, até se transformar aos poucos em uma banda de rock completa; é um conto sobre luxúria, morte, misoginia e mentiras - e incluie um monólogo interpretado por Bruce Springsteen, que não foi creditado.


"The Day John Kennedy Died"

Após anos se posicionando como um esquisito antissocial do rock, Reed fez The Blue Mask, em 1982, e se declarou, contra todas as probabilidades, um sujeito normal. Esta faixa sobre 22 de novembro de 1963 é um conto bem-observado a respeito da realidade mundana da morte.


"Waves Of Fear"

Em The Blue Mask, Reed encontrou algo que lhe faltava, musicalmente, por muitos anos: o guitarrista Robert Quine, que crescera com bootlegs de shows do Velvet Underground. A faixa é composta por 4 minutos impressionantes de psicose pura.


"I Love You, Suzanne"

Em New Sensations (1984), Lou Reed entrou na pele do cantor pop divertido e se deu bem no papel.


"Strawman"

O disco de 1989 Nova York foi um retorno à velha forma: com histórias sobre o lado sórdido da cidade, com a companhia de uma guitarra musculosa. "Strawman" é uma das mais raivosas e melhores do álbum, com versos sobre as desigualdades da sociedade.


"Hello It's Me"

Reed se reuniu com o companheiro John Cale, do Velvet Underground, em 1990, para fazer o álbum Songs For Drella, um excelente disco em homenagem ao mecenas dele, Andy Warhol.


"Egg Cream"

Não uma música sobre um sujeito tendo uma crise nervosa, mas sobre fazer creme de ovos. De Set The Twilight (1996), esta faixa doce traz a nostalgia do Brooklyn com uma clássica guitarra de Reed.


"Perfect Day"

Em 1997, a BBC pagou por uma cover cheia de estrelas de "Perfect Day", canção lançada originalmente no single "Walk On The Wild Side", mas que ganhou popularidade após aparecer no filme Trainspotting. O clipe traz Bono, Elton John, Emmylou Harris, Shane MacGowan, do Pogues. Ficou em primeiro lugar na Inglaterra.


"Like A Possum"

A melhor faixa de Ecstasy, disco de Lou Reed de 2000, esta música de 18 minutos mostra um artista no limite de suas necessidades animais.


"The View"

O disco Lulu, lançado em 2011, é uma colaboração com o Metallica e foi a obra mais polêmica dele desde que escreveu uma música para o comercial da Honda. Mas as melhores faixas são viscerais e pesadas, mostrando que, mesmo aos 69 anos, Reed ainda era implacável.


"Dirty Blvd." / "White Light White Heat"

Em 1997, no quinquagésimo aniversário de David Bowie, Reed subiu ao palco com o velho amigo para tocar "Dirty Blvd" (single de New York) e "White Light / White Heat" (faixa-título do segundo álbum do Velvet e parte do repertório de Bowie por muito tempo).


Com esse breve dossiê é possível entender, mesmo que brevemente, o trabalho de Lou Reed. Gostou?

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

John McVie é diagnosticado com câncer


Nesse final de semana, fomos acometidos de uma notícia muito triste. O mestre Lou Reed nos deixou, deixando uma lacuna em nossos corações. Agora, outra notícia triste: John McVie, o eterno baixista da Fleetwood Mac foi diagnosticado com câncer.

A banda, que faria uma série de shows pela Austrália e Nova Zelândia, pronunciou-se: "Sentimos muito por não podermos tocar nas datas marcadas na Austrália e Nova Zelândia. Espero que todos os nossos fãs nesses países assim como do mundo todo se juntem a nós ao desejar o melhor para John e sua família."


Estamos na torcida John.


domingo, 27 de outubro de 2013

Aos 71 anos, morre guitarrista Lou Reed, líder do Velvet Underground


Morreu neste domingo (27/10), aos 71 anos, o guitarrista e compositor norte-americano Lou Reed, de acordo com informações da Rolling Stone. A causa da morte ainda não foi divulgada, mas o músico se submeteu a um transplante de fígado em maio deste ano.

Em março, Laurie Anderson, mulher do músico, falou sobre a condição de saúde do marido. "É tão sério quanto parece. Ele estava morrendo. Você não quer isso como diversão", afirmou.

+RIP+ Mr. Ree, continue a brilhar onde quer que esteja. E muito obrigado por tudo.


segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Sobre o Monsters Of Rock 2013


Eis que, após 15 anos de hiato, um dos maiores festivais de rock do planeta resolveu dar às caras em terra brasilis, e logo após o mega festival Rock In Rio. O que irei escrever aqui, é um breve relato do que eu vi e acompanhei em blogs parceiros e sites especializados.

Pra começo de conversa, uma salva de palmas para o Canal Multishow, que vem dando cobertura nos mais diversos eventos que estão acontecendo. Rock In Rio, shows "solo", Circuito Banco do Brasil, Monsters Of Rock.

Bom, ao que tudo indica, a organização foi nota 10, seja em questões de horários, na escolha do cast para o festival, tendas com alimentação, público (cerca de 30 mil em cada dia), a XYZ Live, produtora do evento, se mostrou praticamente impecável nesta nova edição do festival.

Os dias eram bem distintos, separados por bandas mais atuais e velhas conhecidas do público. No primeiro dia tivemos Hatebreed, Limp Bizkit (que levantou a galera), Korn (um dos melhores shows do evento) e Slipknot, sempre um show a parte. Menção honrosa para o Killswitch Engage.


No domingo as coisas foram meio esquisitas. Apesar de ser um ícone do Hard Rock oitentista, a Dokken deixou a desejar, muito pelo seu vocalista, Don Dokken, que em nada lembra aquele cara dos início dos anos 80 e seu vocal arrebatador. O mesmo vale para o Whitesnake que, apesar de ter uma banda f*** demais, o velho conhecido Mr. David Coverdale já não é mais o mesmo. Visivelmente acima do peso e com maquiagem carregada, chegou a ser meio deprimente vê-lo no palco. Mas Whitesnake é Whitesnake, apesar dos pesares.

O Buckcherry fez um show modesto, assim como o Ratt. Muito se deve a dupla de guitarristas Warren De Martini e Carlos Cavazzo (ex-Quiet Riot) que usaram e abusaram de seus instrumentos. O mesmo não pode ser dito de Stephen Pearcy, visivelmente apático, talvez pelos excessos de consumos excessivos quando o RATT estava no auge.

Não tenho nada a acrescentar no show do Fakensryche, que foi simplesmente o pior do festival. Geoff Tate deveria saber a hora de parar. Som morno, sem sal, mesmice o tempo inteiro. Não à toa que eu peguei no sono logo na terceira música. 


Por fim, tivemos o Aerosmith, que prova que ainda tem muita lenha pra queimar. O Black Sabbath havia sido sondado para ser o headliner do segundo dia do festival, mas não foi possível devido as agendas que já haviam sido programadas para eles. Então os organizadores acertaram na escolha do Aerosmith, que desfilou mais de 2 horas de clássicos. Não podemos deixar deixar de mencionar que Mr. Steven Tyler já tem 65 anos, e deixa muito vocalista por aí no chinelo (Axl Rose, se a carapuça lhe serviu...)

No fim das contas, o saldo é mais do que positivo, mostrando que sim, há público para Hard Rock e Heavy Metal em nosso país. Parabéns a toda a organização do evento e esperamos que o festival seja itinerário daqui pra frente.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

The Voice Brasil e a grande surpresa do programa


Guardem bem este nome: Rodrigo Castellani. Na segunda edição do The Voice Brasil este é provavelmente um dos finalistas, quiçá o grande vencedor desta edição. Merecidíssimo.

Com apenas 3 segundos, Lulu Santos e Carlinhos Brown perceberam o potencial deste que, na minha opinião é o melhor vocalista que este país já teve. Não falo isso por demagogia não, falo por orgulho mesmo. Conheço este cidadão há pelo menos 15 anos e sei o talento que ele tem.

Na Radiophonics, banda que atualmente é sucesso em todo o sul do país, ele vem conquistando com muito trabalho seu lugar ao sol. E a oportunidade demorou mas chegou. Rodrigo Castellani cantando um clássico de Steve Wonder, "Higher Ground".


Não demorou muito para o mestre Lulu Santos reconhecer o talento que tem nas mãos. Não demorou também para TODOS e eu disse TODOS os jurados brigarem para ter Rodrigo em seu time. Digão, como nós chamamos ele, está no The Voice Brasil e tenho certeza que você aí, que ainda não conhece o trabalho deste que é meu irmão de coração, vai se surpreender.

Parabéns Digão, o The Voice é seu. E o Brasil agradece.

Quer ver como foi a apresentação de Digão? Clique neste link aqui ou veja o video abaixo. Depois compare com a original de Steve Wonder e tire as suas conclusões.




quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Assista ao clipe de "Loner", do novo DVD do Black Sabbath


Tá, o Black Sabbath veio ao Brasil divulgar a turnê de seu novo álbum, "13". Mas você não pode ir e ficou se lamentando por dentro. Beleza. Para matar um pouco essa ansiedade que tomou conta de seu ser, o Black Sabbath preparou um DVD intitulado Gathered In Their Masses, registro ao vivo dessa turnê gravado em Melbourne, Austrália.

O DVD sairá no dia 22 de novembro. Que beleza. Segure mais um pouco a sua ansiedade, que logo passa. Para ter um gostinho do que vai vir por aí, assista abaixo "Loner", tirado deste DVD.

Ps.: Repare que aos 3 min e 30 seg, aparece um tal de Steven Tyler e seu amigo Joe Perry, assistindo o show nos bastidores.

Sensacional.


terça-feira, 15 de outubro de 2013

Ouça o novo álbum de Paul McCartney


Nem bem o novo disco de Sir Paul McCartney foi lançado, e a Deezer já disponibilizou-o completo para audição. E você não é bobo de não ouvir não é?

Sonzeira.


João Gordo – Na Cara Dura desde 1964


Mais um nome do rock brasileiro que tem seu nome estampado em uma garrafa de bebida. Juntando-se ao quilate de Velhas Virgens, Matanza e Sepultura, agora é a vez de João Gordo, líder da Ratos de Porão ter seu nome em uma cerveja artesanal.

"João Gordo - Na Cara Dura desde 1964" é lançada pela Cervejaria Dortmund, custa R$ 16,90 e vem em formatos de 600 ml. A Cervejaria também é responsável pela cerveja do Matanza.


quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Heavy Lero


Guarde este nome: HEAVY LERO. Esse é o nome do novo projeto encabeçado por duas das maiores sumidades no assunto no Brasil: Gastão Moreira e Bento Araújo, editor do Poeira Zine. E, de quebra, o programa, feito no formato exclusivo para YouTube, é dirigido por Edgar Picolli, ex-VJ da MTV.

Um bate papo informal sobre rock na sua melhor essência. No programa de estréia, bandas holandesas. Você pode ver no player abaixo e, para não perder nenhum programa, inscreva-se no canal para ficar por dentro das novidades. Sensacional.


quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Cavalera Conspiracy virando dupla?


O The White Stripes todo mundo conhece né, geralmente pelo riff de "Seven Nation Army". E foi daí que partiu a ideia dos irmão Cavalera transformar a Cavalera Conspiracy em dupla, como o The White Stripes. Segundo Iggor, a ideia partiu de James Murphy, líder da extinda LCD Soundsystem.

Iggor contou ao The Guardian que Murphy sugeriu que eles gravassem e se apresentassem como uma dupla, uma espécie de "White Stripes do Metal", e que juntos eles fariam "o disco mais pesado de sua carreira".

A ideia é interessante e tem tudo para dar certo. Os fundadores do Sepultura lançaram dois discos sob essa tutela: Inflikted de 2008 e Blunt Force Trauma de 2011.


terça-feira, 1 de outubro de 2013

Veja e ouça nova música de Lobão


Lobão lançou na última segunda-feira (30/09) "Eu Não Vou Deixar", música que ele compôs para o coletivo "Fora do Eixo". Fora do Eixo é uma "Rede Brasil de Festivais", que pretende reunir 107 eventos, com 6 mil artistas, em 88 cidades. A inciativa, de acordo com um release distribuído à imprensa, tem o "compromisso fundamental de dar sequência a história" dos festivais independentes no Brasil e quer "consolidar o Brasil como a Embaixada Mundias das Redes de Cultura no Mundo".

Aí, Lobão resolveu (mais uma vez) radicalizar. Ele, que não gosta nem um pouco de coletivos, gravou uma música inédita, onde toca todos os instrumentos. No vídeo, lançado ontem, Lobão aparece ao lado do produtor Rafael Ramos nos estúdios Tambor gravando a sonzeira. O link oficial é este aqui.

Quer ver como ficou? Veja abaixo.