segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Rita Lee - Fruto Proibido (1975)


Fruto Proibido é o quarto álbum de Rita Lee, e o segundo com a banda Tutti Frutti, lançado em 1975, e que acompanhou a banda de 1973 a 1978. Acompanhada por Luis Sérgio Carlini (guitarra), Lee Marcucci (baixo), e Franklin Paolillo (bateria), ela criou uma obra que dialogava com as situações da metade da década de 70 - época de grandes mudanças sócio-culturais e de contínuas tempestades no cenário político brasileiro.

Calcado no blues rock, o som do álbum é hard rock em língua portuguesa, com mesclas de pop. O disco toruxe à tona uma variedade de sucessos que tornariam-se definitivos na carreira de Rita Lee. "Agora Só Falta Você", "Esse Tal de Roque Enrow" e "Cartão Postal", co-escrita com Paulo Coelho, parceiro musical que já era um importante letrista de rock no país, tem tonadas de rock puro. "Agora Só Falta Você" e "Luz Del Fuego" também revelavam uma temática feminista. "Ovelha Negra", considerada o hino de Rita Lee e provavelmente sua canção mais famosa, foi a música que a projetou como artista solo e independente, e encerra o disco com um aclamado e memorável solo de Luís Carlini.

Em 2010, Fruto Proibido celebrou 35 anos de seu lançamento. Desde então, tem sido constantemente citado como um dos álbuns mais seminais e mais definitivos de todo o rock brasileiro, possibilitando o movimento de rock nacional na década seguinte. Sua vendagem inicial de 200 mil cópias foi seguida por uma significativa crítica posterior; hoje é considerado um clássico e a obra-prima de Rita Lee, aquele que a condecorou com o título de Rainha do Rock Brasileiro. Em 2007, foi eleito o 16º melhor disco brasileiro de todos os tempos na lista dos 100 maiores discos da música brasileira feita pela Rolling Stone. Foi também incluído em uma lista da Superinteressante dos principais álbuns do rock brasileiro.

Confira abaixo o clássico Fruto Proibido de Rita Lee & Tutti Frutti, lançado em 1975. Rock On!


domingo, 30 de dezembro de 2012

Beatles: 25 anos depois, surge entrevista de Yoko sobre fim


Uma entrevista de mais de duas décadas com YOKO ONO discutindo a separação dos Beatles veio à tona.

O jornal estadunidense HUFFINGTON POST afirma que Ono originalmente dera a entrevista ao jornalista Joe Smith em 1987, mas que o material em áudio dos dois discutindo a separação dos Fab Four só surgiu recentemente e está disponível como arquivo de áudio na Biblioteca do Congresso em Washington.

Na entrevista, Ono compara a dissolução do grupo a um "divórcio" e disse que, apesar de seu finado marido John Lennon ter se sentigo "muito bem" sobre o fim, havia muita tensão interna na banda. "Os Beatles estavam ficando muito independentes", disse ela. "Cada um deles estava ficando independente, John, na verdade, não foi o primeiro a querer sair dos Beatles. Vimos Ringo Starr uma noite com Maureen [Starkey Tigrett], e ele veio até John e disse que queria sair. George Harrison foi o próximo, e daí John", ela emendou. "Paul McCartney era o único tentando segurar os Beatles juntos. Mas os outros três achavam que Paul seguraria os Beatles como sendo uma banda dele. Eles estavam se tornando a banda do Paul, o que eles não gostavam".

No começo desse ano, Ono agradeceu a Paul McCartney por dizer que ela não separou os Beatles. Ono vinha há muito sendo responsabilizada pela quebra do grupo, mas McCartney revelou que a relação de Ono com John Lennon não teve papel nenhum no caso do grupo, e que eles já estavam separando-se antes dela começar a sair com o cantor.


sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

A Donzela de Ferro e a História: Killers (1981)

Continuando a série A Donzela de Ferro e a História de Ricardo Heavynick (História e Caos), vamos para mais uma aula de história, desta vez com o álbum Killers.


Iron Maiden - Killers (1981)

E logo de cara, no som instrumental de The Ides Of March, um tema de preferência de várias pessoas, inclusive este que voz fala: Roma! A tradução para o termo é Idos de Março.

O primeiro calendário romano, segundo a lenda, foi elaborado por Rômulo em 753 A.C. e tinha 10 meses de 30 e 31 dias, totalizando 304 dias. Os 61 dias restantes de inverno, não entravam na contagem.

Em 713 A.C, o rei Numa Pompílio elaborou um calendário no modelo ateniense, mais preciso. Este tinha 12 meses de 29, 30 e 31 dias e a cada dois anos era inserido um 13º mês de 22 ou 23 dias.

Este modelo foi substituído pelo modelo de Julio Cesar, o calendário Juliano, que também era um modelo confuso, mas pelo menos era mais "estável".

Dentro de cada mês, 3 dias tinham nomes especiais, são eles:
Calendas (Kalendae): é o primeiro do mês, é o primitivo da palavra calendário, que usamos até hoje;

Nonos (Nonae): 5º ou 7º dia, dependendo do mês, normalmente a noite do quarto crescente;

Idos (Idus): 13ª ou 15ª dia, dependendo do mês, era normalmente noite de lua cheia.

E tudo isso foi uma introdução para dizer que, no calendário romano, os Idos de Março correspondiam ao dia 15, data em que Julio Cesar foi traído e assassinado pelos senadores romanos, em 44 A.C.


De acordo com Plutarco, foram 23 facadas e 60 foram os conspiradores liderados por Brutus e Cassius.

"Beware of Ides Of March" (Cuidado com os Idos de Março), é o que um vidente teria dito a Julio Cesar dias antes de sua morte. Claro, nas palavras de Shakespeare, em A Tragédia de Julio Cesar, ano de 1599.

Wrathchild pode ser interpretada como a história de um filho de uma prostituta procurando pelo seu pai. E a criança está com raiva e procurando por todo o lugar! Aliás, a palavra wrathchild não existe, são duas palavras juntas; wrath (ira) e child (criança).

Segue o álbum pela rua sangrenta, em Paris: Murders in the Rue Morgue, que é o nome de um conto de Edgar Allan Poe. Ele foi um escritor estadunidense nascido em Boston (1809) e morreu "semi-jovem", aos 40 anos. É um dos precursores da ficção científica moderna.


Este conto fala sobre assassinatos de mulheres na rua Morgue. Esta rua é fictícia (pelo menos no google maps ela não aparece). O investigador Durpin é quem desvenda estes crimes.


Another Life e Innocent Exile parecem seguir um pouco a história da música anterior. Na primeira, uma voz o pede para morrer e na outra, o personagem foge por ser acusado de um crime que não aconteceu. Killers fala sobre as sensações de um serial killer sedento por sangue.

A instrumental Genghis Khan não fala de nada, porém tem muita história. O Cã dos Clãs, Temujin (1162 - 1227), foi o maior conquistador de terras da história [clique aqui para ver na Superinteressante]. Ele ainda morreu dizendo não ter atingido seu verdadeiro objetivo: Não ter tido tempo suficiente para conquistar todo o mundo!


Purgatory é um remake de uma música que o Maiden já tinha. O purgatório, segundo a lenda cristã, não é bem um lugar, mas uma condição temporária de sofrimento pós morte para alcançar a salvação. É mais ou menos assim: se você foi uma pessoa boa, irá para o céu; se foi muito má, vai para o inferno; e se lhe julgarem como "nem lá, nem cá", vai para o purgatório livrar-se dos males restantes (mediante sofrimento, claro), e aí vai para o céu.



Prodigal Son também tem uma conotação cristã, e também de outra mitologia, a Grega. Na música do Iron Maiden, o personagem fala para Lâmia que cometeu muitos erros, foi possuído pelo Lu e que estava-se tornando mau.


Na Bíblia, em Lucas 15 11:32, há o que chamam de A Parábola do Filho Pródigo, que é meio o que está na letra, um filho que tinha tudo, gastou com bebidas, mulheres e voltou arrependido para o pai dele.

Lâmia por sua vez, era filha de Poseidon e rainha da Líbia. Estava tudo bem na vida dela, até conhecer Zeus (o Deus safadão). Como de costume, Zeus a "persuadiu" e eles tiveram muitos filhos.

Um belo dia, Hera descobriu o novo caso de Zeus, seu marido, matou as crianças de Lâmia e fez com que os olho dela jamais se fechassem. Algumas versões dizem que Hera a transformou em um mosntro (Veja aqui o que ela fez com Hércules). Lâmia ficou louca e começou a devorar crianças. Zeus, penalizado, deu a ela a habilidade de tirar os próprios olhos, para que ela sofresse menos com o que queria ter que ver.

O poeta inglês John Keats escreveu uma obra sobre Lâmia - talvez aí resida a inspiração de Steve Harris. No filme Stardust, Michelle Pfeiffer interpreta a bruxa Lâmia.

Twilight Zone tem relação com as demais, quando ele diz que quer sair do purgatório, onde ele, morto, chama por ela e espera que ela morra logo pois ele está tão só.


Drifter encerra este grande álbum, com um toque de esperança aos novos dias e novas aventuras!

Este é o segundo e último com o vocalista Paul Di'Anno. Imagino os fão da época como devem ter ficado tristes com sua saída. A sorte é que quem nem deu muito tempo de ficar assim tão triste. Paul Bruce Dickinson chegaria para o próximo álbum, considerado o melhor da Donzela e um dos maiores da história do Heavy Metal!

Abaixo, o álbum na íntegra, com as faixas bônus lançado em 1995.


Iron Maiden - Killers (1981)

1. The Ides Of March
2. Wrathchild
3. Murdes In The Rue Morgue
4. Another Life
5. Genghis Khan
7. Killers
8. Innocent Exile
9. Purgatory
10. Twilight Zone
11. Drifter

Formação:

Paul Di'Anno - Vocalista
Steve Harris - Baixo e Backing Vocals
Dave Murray - Guitarra
Adrian Smith - Guitarra e Backing Vocals
Clive Burr - Bateria

Leia a primeira postagem da série: Iron Maiden - Iron Maiden (1980)


Curiosidade


Você sabia que Peter Frampton foi amigo de escola de David Bowie? O pai do guitarrista era diretor do departamento de arte. Frampton tocou guitarra com Bowie várias vezes durante sua carreira. E que a foto acima é do disco Aladdin Sane, álbum lançado em 1973 por David Bowie, e que foi a evolução do personagem do Ziggy Stardust, de 1972?

Você sabia?



Beatles e Stones: aparecendo na nova nota de dez libras?


Como se ter um Cavaleiro do Reino em sua banda não fosse honra suficiente, os Beatles e os Rolling Stones estão entre as celebridades cogitadas a aparecer em uma nota nova de 10 libras, que está prestes a ser emitida pelo Banco da Inglaterra.

O Banco Central do Reino Unido emitiu uma lista dos 150 candidatos, que também inclui Winston Churchill, David Beckham, a princesa Diana e William Shakespeare. As celebridades estão sendo consideradas para aparecer na nova nota Série F, que está prevista para substituir a atual Série E, que apresenta Charles Darwin.

Não há atualmente nenhuma palavra sobre quando o Banco da Inglaterra vai fazer a sua decisão, ou que membro das bandas iria aparecer nas contas, mas estamos supondo que o guitarrista dos Rolling Stones, Keith Richards, não está exatamente contente com sua banda aparecendo em uma cédula oficial britânica. O guitarrista não gostou quando Mick Jagger aceitou o título de cavaleiro em 2003, afirmando que isso comprometia a credibilidade com a contracultura do grupo.

"Eu não quero sair no palco com alguém usando uma coroa", disse Richards ao Uncunt (via CNN). "Eu falei para o Mick que era uma honraria insignificante. Não tem nada a ver com os Stones, não é"?

Já imaginou isso aqui no Brasil? Quem eles iriam colocar em uma "nova" nota de 10 reais. Suponho que alguma personalidade importante, tipo o ex-presidente Lula, ou ainda o eterno presidente do senado, o Sarney. Quem sabe alguém do meio musical, como João Bosco ou alguém da bossa nova. É. Poisé!



quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Anthrax - State of Euphoria


State of Euphoria é o quarto álbum de estúdio da Anthrax, lançado em setembro de 1988. Apesar da boa qualidade da bolacha, o álbum meio que frustou os fãs e críticos, que esperavam um disco a altura do clássico Among The Living. Apesar disto, o álbum chegou a ficar na 30ª posição da Billboard. 

A música "Antisocial" é um cover da banda francesa de hard rock Trust, que em seus tempos áureos, chegou a ter Nicko McBrain e Clive Burr (ambos bateristas do Iron Maiden), como músicos.

O que eu mais me recordo neste álbum é a música "Who Cares Wins", que teve seu clipe transmitido no extinto programa FÚRIA METAL da MTV, que tinha a apresentação do eterno Gastão Moreira, e também na extinta TV Manchete.

Bem, sem mais delongas, abaixo State Of Euphoria para audição completa.


quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Um Enigma Chamado Phil Spector

Via O Baú do Edu


Hoje é aniversário do controvertido Phil Spector. Para muitos um gênio. Para outros tantos, apenas um louco delirante e viciado. Ele está completando 73 anos.

Harvey Philip Spector nasceu em Nova Iorque, em 26 de dezembro de 1939. O nome Phil Spector está diretamente associado a alguns dos maiores sucessos dos anos 60 e 70. Ficou conhecido por produzir o álbum "Let It Be" dos Beatles. Trabalho que não agradou Paul McCartney, enquanto era idolatrado por John Lennon e George Harrison. Produziu para eles All Things Must Pass, de George Harrison e Imagine, de John Lennon. E outros tantos. A partir da segunda metade dos anos 70, começou a decadência.

"Rock And Roll" seria seu último disco produzido para um ex-beatles. Depois da morte de Lennon, produziu o disco de Yoko Ono "Season Of Glass" e "Menlove Ave", com "sobras" de John Lennon. Durante toda a vida. Spector foi um cara estranho e excêntrico. Era alcoólatra e viciado em vários tipos de drogas, da maconha à heroína. Também adorava armas. Sempre carregava alguma.


Durante a gravação do álbum "Death Of A Ladies Man", quinto de Leonard Cohen, Spector se trancou em seu estúdio para o processo de mixagem, não permitindo que nem mesmo Cohen interferisse no resultado final. A lenda conta ainda, que os Ramones, durante as gravações do álbum "End Of The Century", trabalharam com o produtor apontando-lhes uma espingarda. Essa história seria desmentida anos depois por Marky Ramone.

No dia 13 de abril de 2009, Phil Spector foi declarado culpado de homicídio no caso da morte de uma atriz em sua mansão, ocorrida seis anos antes. Spector atirou e matou a atriz Lana Clarkson em sua mansão na madrugada de 03 de fevereiro de 2003, após tê-la conhecido horas antes na discoteca em que a mulher trabalhava. O ex-motorista de Spector revelou ao juri que na noite da morte de Lana, encontrou seu patrão com uma pistola e a mão ensanguentada, antes de dizer: "Acho que matei alguém". Phil Spector foi sentenciado em  maio de 2009 a 19 anos de prisão à prisão perpétua e poderá passar o resto de seus dias atrás das grades.


O ator Al Pacino (70 anos), fará o papel do produtor musical Phil Spector em um filme produzido pela HBO, ainda sem título. O filme foi escrito e dirigido por David Mamet, e produzido por Barry Levinson.

Álbuns Produzidos Por Phil Spector:

1959 - The Teddy Bears Sing - The Teddy Bears
1963 - A Christmas Gift For You From Phillies Records - Various Artists
1963 - Twist Uptown - The Crystals
1963 - He's A Rebel - The Crystals
1964 - Presenting The Fabulous Ronettes Featuring Veronica - The Ronettes
1965 - Ronettes - The Ronettes
1966 - River Deep/Mountain High - Ike And Tina Turner
1970 - Let It Be - The Beatles
1970 - All Things Must Pass - George Harrison
1970 - Plastic Ono Band - John Lennon
1971 - Imagine - John Lennon
1971 - The Concert For Bangladesh - George Harrison and Friends
1972 - Som Time In New York City - John Lennon and Yoko Ono
1975 - Rock N' Roll (co-producer) - John Lennon
1975 - Born To Be With You - Dion
1977 - Death Of A Ladies Man - Leonard Cohen
1980 - End Of The Century - Ramones
1981 - Season of Glass - Yoko Ono
1986 - Menlove Ave - John Lennon

Abaixo, All Things Must Pass para curtir.


Há 45 anos,o filme Magical Mystery Tour estreava na BBC 1


Magical Mystery Tour é o terceiro filme tendo os Beatles como protagonistas. Produzido e dirigido por eles, foi especialmente feito para ser exibido na televisão, no canal BBC. Foi lançado em 26 de dezembro de 1967, há 45 anos.

O projeto de realizar um novo filme partiu de uma ideia de Paul McCartney, que compôs a letra da música título. Idealizado para ser um filme sem roteiro, o filme era uma coleção de ideias e diálogos improvisados, recheado de clips dos Beatles.


A história gira em torno de Ringo Starr e sua tia Jessie, que adquirem bilhetes para um passeio (tour) em um ônibus, sem um roteiro conhecido pelos passageiros, mas considerado mágico e misterioso pelos seus organizadores (Magical Mystery Tour). Neste passeio estão todos os Beatles e figuras pitorescas, inclusive uma criança, a jovem Nichola. Durante o roteiro turístico, mágicos (protagonizados por John, Paul, Ringo e George, além de Mal Evans) intervêm no passeio, criando situações inusitadas e algumas vezes pitorescas. Além das músicas dos Beatles, participam com número musical, os membros da banda Bonzo Dog Goo Dah Band que cantam a música "Death Cab For Cutie" durante a sessão de strip-tease, protagonizada pela striper Jan Carlzon.

Quando estreou na BBC, no dia 26 de dezembro de 1967, foi tão criticado que uma segunda exibição foi cancelada. Na época, até Paul McCartney se desculpou pelo trabalho. Os críticos alegaram duas coisas, na época: 1ª - No filme, houve uma exagerada condescendência com as gracinhas particulares dos quatro, só eles entendiam as piadas; 2ª - A ausência de um roteiro ou enredo que fizesse jus à trilha sonora. Hoje é reconhecido como um dos precursores de um tipo de filme non-sense, cujos principais realizadores são o Monty Python.



O álbum com a trilha sonora do filme foi lançado em compacto duplo (EP Extended Play) na Inglaterra, no dia 08 de dezembro de 1967. O mundo acompanhou este formato, inclusive o Brasil. Somente nos Estados Unidos foi  lançada uma versão em LP que continha, além das músicas do EP (lado 1), outras músicas que só haviam sido lançadas em 1967 em compacto simples (lado 2). Só posteriormente em 1976 este formato foi lançado em outros países.

Assim com "Yellow Submarine", Magical Mystery Tour voltou ao mercado em formatos DVD e Blu-ray, e no exterior ainda ganhou um box de luxo. A edição de luxo inclui o DVD, o Blu-rai, assim como um livro de 60 páginas com informações, fotografias e documentos da produção, e uma reprodução fiel em vinil 7" do EP duplo (mono) que contém as seis músicas que foram gravadas para o filme, originalmente publicadas no Reino Unido para complementar o lançamento do filme em 1967.

A Apple Films restaurou totalmente o filme clássico, há muito tempo fora de catálogo, com uma trilha sonora remixada (5.1 e estéreo) e conteúdos especiais. Todos os formatos contêm uma série de conteúdos especiais, como imagens inéditas. Há entrevistas recém-filmadas com Paul McCartney, Ringo Star e outros membros do elenco do filme e da produção, bem como comentários em áudio do diretor, gravados por Paul.

Abaixo, o trailer do filme e o disco na íntegra, para você curtir. Rock On!



segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Playlist de Natal do Aumenta!

É. Hoje é véspera de natal. É nessa época do ano que fazemos planos, (re)organizamos nossas vidas, pensamos no futuro, estamos mais perto da família. E, pra passar o seu Natal numa boa, preparamos um playlist muito legal pra você curtir até a chegada do bom velhinho. 












E pra terminar, a melhor banda do mundo com um disco inteirinho de músicas natalinas. Have a party! Feliz Natal a todos.



The Beatles - Revolution


O Verão do amor foi seguido pela Primavera da Revolução. Em março de 1968, milhares de pessoas marcharam em frente à Embaixada Americana, em Londres, para protestar contra a Guerra do Vietnã. Em maio, estudantes fizeram uma manifestação em Paris. Ao contrário de Mick Jagger, que participou de uma marcha, John assistiu a esses eventos de sua casa. Ele começou a trabalhar em "Revolution" na Índia e a terminou em casa, quando Cynthia estava na Grécia. Ele mostrou para Paul como um single em potencial, mas Paul disse que não era suficientemente comercial.

Não era a canção de um revolucionário, e sim de alguém pressionado pelos revolucionários a declarar sua aliança. John, o Beatle de maior consciência política e mais esquerdista, tinha se tornado alvo de grupos leninistas, trotkistas e maoístas, que achavam que ele devia apoio às suas causas.

"Revolution" foi a resposta de John a essas facções e as informava de que, apesar de compartilhar do desejao por mudança social, ele acreditava que a única revolução que valia a pena surgiria da mudança interna, em vez da violência revolucionária. No entanto, ele nunca teve certeza absoluta de sua posição e limitou suas apostas na versão lenta da música lançada no álbum The White Album. Depois de admitir que a destruição pode vir com a revolução, ele cantou "you can count me out/in", claramente incerto de qual lado do debate assumir. Na versão mais rápida, gravada seis semanas depois e lançada no lado B de "Hey Jude", ele omitiu a palavra "in". (Veja abaixo a versão gravada no The Beatles - White Album).


Essa omissão provocou muita aflição na imprensa alternativa. A revista americana Ramparts a chamou de "traição" e o New Left Review, de "um grito de medo lamentável de um burguês mesquinho". A revista Time, por outro lado, dedicou um artigo inteiro à música que dizia que ela "criticava ativistas radicais mundo afora".

A natureza do dilema de John foi revelada em uma troca de correspondência publicada na revista Keele University. Em uma cara aberta, o estudante John Hoyland afirmou sobre "Revolution": "Essa gravação não é a mais revolucionária que Mr's Dale Diary [uma novela de rádio da BBC]. Para mudar o mundo, precisamos entender o que há de errado com ele. E depois, destruí-lo. Impiedosamente. Não é crueldade nem loucura. É uma das formas mais intensas de amor. Porque o que estamos combatendo é o sofrimento, a pressão, a humilhação - o imenso custo da infelicidade causado pelo capitalismo. E todo 'amor' que não se oponha a essas coisas é meloso e irrelevante. Não existe uma revolução polida".



Em sua resposta, John escreveu: "Não me lembro de ter dito que 'Revolution' era revolucionária. Dane-se Mrs Dale. Ouça as três versões de 'Revolution' - 1, 2 e 9 - e depois tudo de novo, caro John (Hoyland). Você diz á para mudar o mundo, precisamos entender o que há de errado com ele. E depois, destruí-lo. Impiedosamente. Você obviamente está em um movimento de destruição. Vou dizer o que há de errado com ele - as pessoas. Então, você quer destruí-las? Impiedosamente? Até que você (nós), mude (mudemos) a sua (nossa) cabeça - não há nenhuma chance. Cite uma revolução bem-sucedida. Quem fodeu o comunismo, o cristianismo, o budismo, etc? Cabeças doentes, e nada mais. Você acha que todos os inimigos usam um distintivo de capitalismo para que você  possa atirar neles? É um tanto ingênuo, John. Você parece achar que é só uma luta de classes".


Ao ser entrevistado por jornalistas da revista, John Lennon declarou: "Tudo o que estou dizendo é que acho que vocês devem fazer isso mudando a cabeça das pessoas, e eles estão dizendo que devemos destruir o sistema. No entanto, essa coisa de destruição do sistema existe faz tempo. O que ela conseguiu? Os irlandeses fizeram, os russos fizeram, e os franceses fizeram. Aonde isso os levou? A lugar nenhum. É a velha história; quem vai comandar essa destruição? Quem vai assumir o controle? Vão ser os maiores destruidores. Eles vão chegar primeiro e, como na Rússia, vão assumir o controle. Eu não sei qual é a resposta, mas acho que são as pessoas".

É uma posição que John manteria. Em 1980, ele disse que "Revolution" continuava se for para a violência. "Não esperem me ver nas barricadas, a não ser que seja com flores".

Abaixo, a versão mais conhecida de REVOLUTION.



sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Slash: ouça música gravada com Mark Lanegan


Slash postou em seu site oficial uma nova canção chamada So Long Sin City, gravada com Mark Lanegan (ex-Screaming Trees). A música faz parte de um filme chamado This Is Not A Movie, estrelado por Edwar Fulong (aquele que fez Exterminador do Futuro 2). 

Ouça abaixo.


quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Trilha sonora para o fim do mundo


Amanhã, dia 21/12/2012, segundo uma profecia maia, o mundo deve acabar. Muitas e muitas pessoas estão se preparando para a passagem, para o fim do mundo ou para qualquer coisa. E o Aumenta também. Tanto que abaixo, você pode conferir um playlist de músicas pra ouvir no fim do mundo. God Save Us!

Slayer - Hell Awaits

Sem mais!


Metallica - The Four Horsemen

Quando os cavaleiros do apocalipse estiverem vindo


Airbourne - Runnin' Wild

Pegue sua moto e acelere ao som de Airbourne, enquanto os prédios atrás de você estão caindo.


Johnny Cash - The Man Comes Around

Inspirado no livro bíblico do Apocalipse, fala sobre um homem que sabe que seu fim está próximo.


Nick Cave and the Bad Seeds - "Death Is Not The End"


Um dos melhores discos da carreira de Nick Cave, Murder Ballads de 1996 ficou famoso pelo repertório que fala de assassinatos e crimes passionais. Ao longo do LP, cave descrever a morte de 65 pessoas. Na última faixa, ele chamou um time de grandes músicos para interpretar uma canção de Bob Dylan. "E tudo o que você considerava sagrado/Cair e não consertar/Basta lembrar que a morte não é o fim", diz a letra.


The Clash - London Calling

A música que dá nome ao lendário disco dos ingleses prega o apocalipse como estilo de vida. 


Tom Waits - Earth Died Screaming

Inspirado pelo título de um filme de ficção científica de 1965, Waits gravou esta música para o seu disco Bone Machine, de 1992.


Nick Drake - Pink Moon

Nos tempos antigos, a Lua Rosa representava um presságio do apocalipse. Na faixa-título de seu LP Pink Moon, de 1971, Nick Drake fala sobre a Lua que está chegando e vai pegar todo mundo.


R.E.M. - It's The End Of The World As We Know It (And I Feel Fine)

A letra nervosa contrasta com o ritmo frenético e contagiante da música, uma das mais dançantes da carreira da banda.


Muse - Apocalypse Please

É quase um épico sobre o final dos tempos


Queen - The Prophet's Song

Anunciando o princípio do fim


The Doors - The End

Pra quando o mundo realmente estiver no fim.


Europe - The Final Countdown

Pra terminar de vez, hehehe.



Vídeos de show do AC/DC disponíveis no iTunes


E o AC/DC não para. Ontem (19/12) eles anunciaram que disponibilizaram 06 vídeos de shows via iTunes. Quatro dos vídeos - o recém-lançado "Live at River Plate", "Live at Donington", "Live at the Circus Krone" e "No Bull (Director's Cut)"são filmes de shows. Os outros dois, "Plug Me In" e "Family Jewels" são compilações de vídeos, performances e outros clipes de televisão, alguns dos quais remontam aos primeiros dias da banda.

Os preços para os filmes concerto são US$ 12,99 para definição padrão e Us$ 15,99 dólares para alta definição, enquanto as compilações de vídeo, sendo que ambos têm uma duração de aproximadamente quatro horas, custa US$ 21,99 dólares. Todos os seis títulos também pode ser alugado por US$ 2,99 (padrão) ou  US$ 3,99 (HD).

A sua discografia, também disponível no iTunes já vendeu mais de 696 mil faixas individuais e mais de 48 mil  álbuns, somente em sua primeira semana.


quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Ouça nova do Soilwork



Pra quem é fã de Soilwork, eles acabaram de divulgar em seu canal oficial no Youtube "Spectrum of Eternity", que estará presente em seu novo trabalho "The Living Infinite", 9º trabalho de estúdio que deve ser lançado em março de 2013 e será um disco duplo. O disco ainda tem a participação de Justin Sullivan do New Model Army na música "The Windswept Mercy".

Então, ouça abaixo:



Os Mutantes tocam álbum ao vivo na íntegra depois de 30 anos


Via Diário do Nordeste

Depois de retomar as atividades em 2006, a banda Os Mutantes prepara show em que vai tocar na íntegra, com a formação original, o álbum Tudo Foi Feito pelo Sol, gravado em 1974. O show será realizado no dia 30 de dezembro de 2012 no Festival Psicodália, maior festival brasileiro de rock psicodélico, na cidade de Rio Negrinhos, em Santa Catarina.

Composto por Sérgio Dias, Túlio Mourão, Antônio Pedro de Medeiros e Rui Motta, o disco foi um marco na carreira da banda e assinalou definitivamente sua fase progressiva.  Em entrevista à produção do festival, o vocalista e guitarrista Sérgio Dias, afirma que o álbum marca o período áureo da banda, que, segundo ele, durou pouco.

O show também marcará o reencontro no palco da formação original do disco, que é o mais vendido da história dos Mutantes e, ainda, o que agregou maior número de fãs pelo mundo.

Para o vocalista, tocar o álbum depois de três décadas é uma chance de interagir com um público totalmente novo. “O grande barato será olhar nos olhos da nova geração, curtindo um trabalho de tanto tempo atrás. Eles verão o tamanho e o peso do que existia por trás dos mutantes”, comemora.



Black Sabbath - Planet Caravan (Poolside Re-Work)


Que a Black Sabbath é conhecida como a fundadora do Heavy Metal, isso todo mundo sabe. E que os áureos anos 70 foram os mais criativos da banda, com a presença de Ozzy Osbourne nos vocais também. Em 1970, eles lançaram o disco Paranoid (clássico) de 1970 que continha a música "Planet Caravan". A versão original da música está logo abaixo:



O Duo Poolside, uma dupla de música eletrônica, sempre prezou escolhas diferentes em seu set, caminhando por trilhas do rock clássico e outras sonoridades retrôs. E eles acabaram de disponibilizar uma belíssima releitura de "Planet Caravan". Tudo muito cool, nada muito exagerado. Ouça abaixo e depois nos conte se gostou da versão.



The Existential Adventures of Tim Maia: Nobody Can Live Forever


Via Degenerando Neurônios

A história de Tim Maia resumida em dois minutos e vinte segundos de animação criada por Rogier Vivjverberg e Bert Dijkstra. A narração é feita por Devendra Banhart.


Mais detalhes sobre a produção do vídeo, clique neste link aqui. Na trilha sonora: "Caminho do Bem" e "Que Beleza".



Hollow, a nova do Alice In Chains


Confirmada para a edição de 2013 do festival Rock In Rio, a Alice In Chains liberou um clipe para a inédita "Hollow", presente em seu novo trabalho, ainda sem data de lançamento prevista.

O clipe foi todo montado com fotos enviadas pelos fãs através do Instagram. Veja abaixo como ficou:


terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Dave Grohl dirige novo clipe de Soundgarden


Dave Grohl é um cara que não para mesmo. Além de tocar bateria no próximo disco do Queens Of The Stone Age, dirigir e lançar o documentário Sound City e tocar junto com os ex-membros do Nirvana, acompanhados de nada além de Sir Paul McCartney, ela agora também vai dirigir o novo clipe do Soungarden, "By Crooked Steps".


A música faz parte do novo disco lançado pela banda King Animal e que tem recebido boas críticas por parte da mídia. Bem, que ele é hiperativo, disso não temos dúvida. Então, aproveite o momento e a fase Mr. Dave Grohl.


Curta abaixo "By Crooked Steps" do Soundgarden.