sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Lamb Of God no Rock In Rio? Segundo o Jornal Destak sim!


O Jornal Destak, sempre atento às novidades no mundo do showbizz apurou e confirmou junto a organização que a banda Lamb Of God acertou sua participação em uma das noites dedicadas ao gênero no festival, que acontece de 18 a 20 e 24 a 27 de setembro.

Eles irão se juntar aos já confirmados Metallica, Faith No More, Slipknot, System Of A Down, Queens Of The Stone Age e Hollywood Vampires

 O último disco da banda, "Resolution", foi lançado em 2012. Boa notícia para os amantes do gênero.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Ex baterista do Pearl Jam é procurado pela polícia


Dave Abbruzzese foi baterista do Pearl Jam entre 1991 e 1994, e chegou a gravar os discos Vs. (1993) e Vitalogy (1994), tendo entrado na banda um dia antes do lançamento de Ten (1991) e saído na data oficial do álbum de 1994.

Em 1997 ele chegou a participar de sessões do Guns N' Roses para o disco Chinese Democracy mas nenhum material dessa época foi disponibilizado, e agora o cara está encrencado.

Abbruzzese foi acusado de posse de substância controlada, e um crime pior, que pode dar até prisão perpétua, que é o de fabricação ou distribuição de substância controlada. O músico de 46 anos é procurado pela polícia e há inclusive uma recompensa de mil dólares para quem der informações a seu respeito.

Parece cena de Breaking Bad.

Fonte: CoS

Filme contará história de Brian Wilson


Love & Mercy é o nome do filme que será lançado no dia 5 de junho e que conta a história de Brian Wilson, líder e principal compositor do The Beach Boys. Dirigido por Bill Pohlad, traz Paul Dano (Os Sopranos) e John Cusack (Alta Fidelidade) no papel de Wilson, além de Elizabeth Banks (Jogos Vorazes) e Paul Giamatti (Rock Of Ages) no elenco.

Veja o trailer abaixo e segure a emoção.


Helloween anuncia novo álbum


O Helloween anunciou que irá lançar no dia 29 de maio seu décimo quinto disco de estúdio, intitulado "My God-Given Right". O trabalho da banda alemã tem produção assinada por Charlie Bauerfeind (Angra, Gamma Ray, Blind Guardian).

"My God-Given Right" é o sucessor de "Straight Out Of Hell" de 2013.

Nação Zumbi lança releitura de suas canções através da Rdio Sessions


Via TMDQA

Rdio Sessions é uma iniciativa do serviço de streaming Rdio que tem como objetivo levar bandas a um estúdio onde elas gravam releituras de suas canções de forma intimista.

Os registros são lançados em um EP na plataforma e torna-se uma grande chance para o fã da banda ter uma variação do material já conhecido em formato fechado, bonito com capa, vídeo de bastidores e tudo o mais.


A mais nova banda a participar da versão brasileira do projeto é a Nação Zumbi, e através das sessões será possível ouvir releituras de grandes canções como "Manguetowns", "Quanto A Mará Encher" e trabalhos mais recentes coo "Cicatriz".

Outra mais nova que ganhou sua versão é "Defeito Perfeito", com direito a um vídeo das gravações, que você vê logo abaixo.

Para ouvir a sessão, é só clicar neste link aqui.


quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Whitesnake: Um álbum de regravações da fase de David Coverdale no Deep Purple


Em maio o Whitesnake irá lançar seu 12º álbum de estúdio e ele se chamará "The Purple Album". O disco trará releituras de faixas clássicas do Deep Purple à época em que David Coverdale era o frontman da banda.

Sobre isso Coverdale declarou o seguinte: "É um tributo. Uma homenagem. É um grande muito obrigado de mim para o Deep Purple pela oportunidade que ganhei há 40 anos atrás. Com eu disse para Ritchie [Blackmore], vocês me colocaram em uma incrível jornada que continua até hoje e eu não poderia ter pedido por melhores professores. A University Of Deep Purple foi uma extraordinária, maravilhosa escola para aprender. Estamos ansiosos para tocar estas músicas ao vivo".

O tracklist de "The Purple Album" você acompanha abaixo:

01. Burn
02. You Fool No One (interpolating Itchy Fingers)
03. Love Child
04. Sail Away
05. The Gypsy
06. Lady Double Dealer
07. Mistreated
08. Holy Man
09. Might Just Take Your Life
10. You Keep On Moving
11. Soldier Of Fortune
12. Lay Down Stay Down
13. Stormbringer

Deluxe Edition Bonus Tracks

14. Lady Luck
15. Comin' Home

DVD Content:
* "Lady Double Dealer" - Music Video
* "Sail Away" - Mix Music Video
* "Stormbringer" - Music Video
* "Soldier Of Fortune" - Music Video
* "The Purple Album" Behind The Scenes
* "The Purple Album" EPK

E eles também já divulgaram a primeira faixa, que você assiste logo abaixo. Uma versão mais moderna de "Stormbringer", com outro tom e outra afinação. Afinal de contas, depois de 40 anos, a voz do cara não é mais a mesma.


terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

YES: 90125 e Big Generator, clássicos perdidos no tempo


Em 1982, passado mais de um ano depois do fim do Yes, Chris Squire e Alan White formaram um novo grupo, chamado Cinema, junto com o guitarrista Trevor Rabin (do Rabbit). O primeiro tecladista do Yes, Tony Kaye foi chamado de volta para participar, já que Squire acreditava que a técnica mais direta de Kaye iria cair bem para a banda.

Rabin, que já era um artista solo com três discos lançados, ajudou a compor "Owner Of A Lonely Heart". Seu direcionamento pop deu a música um apelo comercial o suficiente para fazê-la ter destaque na era MTV, mas ainda assim ele trazia alguns aspectos do estilo original do Yes - em especial, as harmonias vocais.

Originalmente, os vocais seriam de Rabin e Squire, mas no começo de 1983, Chris Squire tocou para Jon Anderson algumas músicas do Cinema em uma festa em Los Angeles. Impressionado por músicas como "Leave It", Anderson aceitou o convite de Squire de cantar nesse novo projeto, resultando numa reformulação "acidental" do Yes.


Muitos fãs chamam essa formação de "Yes do Oeste", devido à residência da banda em Los Angeles e sua nova sonoridade, típica de bandas pop americanas. Essa versão do Yes também é chamada de "Generators", originado do nome do segundo disco dessa formação, "Big Generator". A nova sonoridade desagradou muitos fãs, por abrir mão de suas características originais para se valer de músicas próprias para se tocarem em rádios. No entanto, muitos fãs do Yes gostam dos dois períodos.

O primeiro disco da banda desde a reunião, "90125" (produzido pelo ex-vocalista Trevor Horn), apresentou uma mudança radical em relação a seu som original. Era mais visceral, com efeitos eletrônicos modernos para a época. 90125 foi o disco do Yes mais bem-sucedido, eventualmente vendendo mais de seis milhões de cópias e assegurando um longo tempo de durabilidade para o Yes, com uma turnê que durou mais de um ano. A música "Owner Of A Lonely Heart" foi um sucesso em várias paradas (e sampleada inúmeras vezes desde então), inclusive no Brasil, onde até hoje é talvez uma das músicas mais famosas da banda. Com essa formação a banda apresentou-se no festival Rock In Rio em 1985, para um público de 200 mil pessoas.

O tecladista que aparece no videoclipe da música é Eddie Jobson. O Yes também teve sucesso com "Leave It" e "It Can Happen", e ganhou um Grammy por melhor instrumental de rock ("Cinema", uma jam session curta e complexa), sugerindo que o grupo não abandonou por completo sua musicalidade em troca de sucesso comercial, como alguns fãs alegam.

O álbum de sucesso também gerou um vídeo (9012Live) e um disco ao vivo (9012Live: The Solos) que incluía peças solo de Anderson, Rabin, Squire e Kaye, além de uma jam entre Squire e White.


Em 1986 o Yes começou a gravar "Big Generator". Infelizmente, problemas internos (principalmente entre Squire e Anderson) ameaçavam o encerramento do processo de gravação, e Trevor Rabin acabou finalizando sua produção. Apesar de Big Generator (1987) não ter sido tão bem sucedido quanto 90125, ainda assim conseguiu vender dois milhões de cópias. Alguns fãs do Yes consideram Big Generator como sendo mais fiel ao som original do Yes do que seu predecessor, graças a um esforço concentrativo de gravar músicas mais longas como "I'm Running" do que as faixas mais pop.

"Love Will Find A Way" se saiu moderadamente bem nas paradas, juntamente com "Rhythm Of Love", quase passando o Top 40. A turnê de 1988 terminou com um show no Madison Square Garden, como parte das comemorações de 40 anos da Atlantic Records, mas deixou os membros do Yes exaustos e frustrados uns com os outros.

Os dois discos são clássicos perdidos no tempo, mas com certeza um complementa o outro. Dois discaços indispensáveis pra quem curte esse som mais etéreo, mais cru do Yes, com leves toques eletrônicos, característicos dos anos 80. 



Edição em vinil do 2112 do Rush projetará holograma ao tocar


Em comemoração às quatro décadas de carreira, o Rush promete relançar em cada mês do ano, no projeto chamado "12 Months Of Rush", um álbum diferente de sua discografia. E em março será a vez de "2112", lançado originalmente em 1976, que virá em vinil em um formato que, ao ser tocado, projetará a estrela da capa do álbum em holograma.

Confira abaixo no vídeo:


segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Outras capas do artista Derek Riggs


Se você conhece a figura acima então certamente já ouviu falar de Derek Riggs, estou certo? Se você ainda não tem conhecimento de quem é este artista, me desculpe, mas você deve ter vindo de outro planeta.

Derek Riggs, um designer inglês é amigo dos caras de uma banda chamada Iron Maiden. E, por ser ilustrador e trabalhar com arte, foi o responsável pela criação do mascote Eddie, que é a "menina dos olhos", tanto do ilustrador quanto da banda. Quem é fã de verdade do Iron Maiden, sabe do que estou falando. Além de criar belíssimas capas como "Powerslave" e "Somewhere In Time", ele foi criador das capas de todos os singles da banda. A história de Derek se confunde com a de Eddie e do Iron.

Mas pra quem pensa que ele é exclusivo, está redondamente enganado. O cara já fez capas pra várias bandas. E em uma matéria publicada pelo Ogro do Metal, foi eleita as 10 capas mais bonitas feitas pelo cara, sem ser as do Iron Maiden. 

Veja abaixo, com o link para ouvir os áudios dos álbuns e acessar a fanpage/site das mesmas.

10 - Power Plant - Gamma Ray (clique aqui pra ouvir)


09 - Reality - Zonata (clique aqui pra ouvir)


08 - The Calling - Crimson Reign (clique aqui pra ouvir)


07 - Hymn To Life - Timo Tolkki (clique aqui pra ouvir)


06 - Accident Of Birth - Bruce Dickinson (clique aqui pra ouvir)



05 - Waiting For The Dawn - Timo Kotipelto (clique aqui pra ouvir)


04 - Blast From The Past - Gamma Ray (clique aqui pra ouvir)


03 - RX5 - Alvin Lee (clique aqui pra ouvir)


02 - Infinite - Stratovarius (clique aqui pra ouvir)


01 - Worlds Only Female Tribute To Iron Maiden - The Iron Maidens (clique aqui pra ouvir)


Faithfull Searvant e a música Rockin' Chair: O Velho e sua cadeira de balanço



https://www.youtube.com/watch?v=Hg-ILjqbKT4

Pelos idos de 67 ou 68, ouvi um disco chamado Music From Big Pink e aquilo mudou minha vida. Mudou o curso da música americana”. Eric Clapton

Nessa época, A Banda já era extremamente experiente na estrada e havia gravado seu álbum debut. No auge da cultura hippie (o ápice aconteceria em fevereiro de 69 no Festival de Woodstock que teve, entre seus convidados, A própria Banda) havia um pensamento comum entre os jovens: Não confie em ninguém com mais de 30 anos. Em um movimento calculado e seguindo uma “contra contra cultura”, A Banda, em seu álbum debut, utiliza na terceira capa uma imagem enorme da família de Richard Manuel, como que dizendo: amamos aqueles com mais de 30 anos, são nossas raízes, de onde viemos e para onde voltamos de quando em quando.

Esse sentimento também existia na música dA Banda, principalmente no estilo que eles, inconscientemente, acabaram por fundar: a Americana Music. Uma volta às raízes.

O homônimo álbum seguinte, considerado sua obra prima, realça ainda mais a ligação com as gerações anteriores. Há muita gente velha nas canções: o Velho Jawbone em "Jawbone", o vovô sábio em "When You Awake",  o velho marinheiro e seu amigo Ragtime Willie em "Rockin’ Chair".

Esta canção é singular no álbum: é a única peça sem bateria, praticamente acústica e apresenta o respeito dA Banda pelos “mais sábios”.  O letrista Robbie Robertson comenta: “A maioria das pessoas é nocauteada pelos jovens. Eu sou nocauteado pelos mais velhos. Basta olhar nos seus olhos. Ouvi-los falar. Eles não estão brincando. Eles viram coisas que você nunca verá.

Rockin’ Chair

Espere um pouco, Willie,
Não suba mais as velas.
Hang around, Willie boy, 
Don't you raise the sails anymore.
Certamente, passei minha vida toda no mar
E já tenho 73 anos.
It's for sure, I've spent my whole life at sea 
And I'm pushin' age seventy three.
Agora só há um lugar destinado a mim.
Now there's only one place that was meant for me.

O primeiro verso parece ser um pedido, súplica do narrador a seu amigo Willie para deixarem uma vida inteira de trabalho e voltarem à sua terra natal, como indicado no refrão a seguir.

Oh, estar novamente no lar,
Lá na velha Virgínia
Oh, to be home again,
Down in old Virginny,
Com meu melhor amigo
Chamado Ragtime Willie.
With my very best friend,
They call him Ragtime Willie.
Vamos viver calmamente os anos que nos restam
Vamos deixar de lado as lágrimas,
We're gonna soothe away the rest of our years,
We're gonna put away all of our tears,
Aquela cadeira de balanço não irá a lugar algum.
That big Rockin' Chair won't go nowhere.


O desejo do narrador é voltar à Virgínia e desfrutar dos últimos anos que lhes restam.

Devagar, Willie
Seu coração vai parar
Slow down, Willie Boy,
Your heart's gonna give right out on you
É verdade e eu acredito saber o que deveríamos fazer:
Vire a popa e aponte para a costa,
Os sete mares não mais nos carregarão.
It's true, and I believe I know what we should do.
Turn the stern and point to shore,
The seven seas won't carry us no more.

O pedido continua, mas em tom mais imperativo. O narrador está decidido a voltar e pede ao amigo que direcione o barco para a terra firme.

Oh, estar novamente no lar,
Lá na velha Virgínia
Oh, to be home again,
Down in old Virginny,
Com meu melhor amigo
Chamado Ragtime Willie.
With my very best friend,
They call him Ragtime Willie.
Mal posso esperar para cheirar aquele ar,
Inspirar e expirar, não terei cuidado,
I can't wait to sniff that air,
Dip'n snuff, I won't have no care,
Aquela cadeira de balanço não irá a lugar algum.
That big Rockin' Chair won't go nowhere.

O narrador está ansioso pela volta, esperando sentir o cheiro do ar da terra.

Escute o som, Willie
O Holandês Voador está nos recifes.
Hear the sound, Willie Boy,
The Flyin' Dutchman's on the reef.
Acredito que usamos todo o nosso tempo.
It's my belief
We've used up all our time.
Esta montanha é muito íngreme para escalar,
E os dias que nos restam não valem muito.
This hill's too steep to climb,
And the days that remain ain't worth a dime.

Utilizando uma bela metáfora, o narrador tenta convencer Willie que os dias de trabalho acabaram. Segundo a mitologia, o Holandês Voador é um navio condenado a navegar eternamente pelos mares, sem nunca alcançar seu destino. A metáfora está no fato de o narrador afirmar que tal navio está nos recifes, ou seja, preso, sem poder navegar mais. Ora, um navio condenado a vagar eternamente mas que acaba por ficar preso nos recifes é uma bela imagem de que está tudo acabado, basta, nossos dias de marinheiros ficaram para trás.

Oh, estar novamente no lar,
Lá na velha Virgínia
Oh, to be home again,
Down in old Virginny,
Com meu melhor amigo
Chamado Ragtime Willie.
With my very best friend,
They call him Ragtime Willie.
Seria agradável ver as pessoas,
Escutar novamente as velhas piadas.
Would-a-been nice just t'see the folks,
listen once again to the stale jokes.
Aquela cadeira de balanço não vai a lugar algum.
That big Rockin' Chair won't go nowhere.

Neste útimo refrão temos um indício interessante da conclusão da canção. O tempo verbal muda do presente (We’re gonna e I can’t wait) para o futuro do pretérito (Would), ou seja, há uma indefinição nas ações do narrador. Não é mais, mas seria. As pistas finais são apresentadas no último trecho da peça.

Posso ouvir um chamado
E você sabe onde quero estar.
I can hear something calling on me
And you know where I wanna be.
Oh, Willie, você não escuta o som?
Lá na velha Virgínia?
Oh Willie, can't you hear that sound
Down In Old Virginny
Eu quero apenas colocar meus pés na terra novamente
Lá na velha Virgínia.
I just wanna get my feet back on the ground
Down In Old Virginny
E eu adoraria ver meu melhor amigo
Chamado Ragtime Willie.
And I'd love to see my very best friend
They call him Ragtime Willie
Creio que a velha cadeira de balanço me pegou.
I believe old Rockin' Chair's got me.


Esta última parte da canção soa como um lamento, reforçado pelo coro e pelos contra cantos das outras vozes. Importante perceber a utilização de calling on e não calling to. Calling on significa uma demanda obrigatória, ou seja, é um chamado obrigatório. O som que ele escuta é o ranger de uma velha cadeira de balanço e o escutar desse som demanda o retorno à terra firme, ao lar. Na canção, a cadeira de balanço simboliza a idade avançada. Assim, o narrador aceita que está velho ao admitir que a cadeira o pegou (got me). 

A canção nos apresenta o pedido de um velho marinheiro, ainda no mar, a seu amigo para que retornem ao lar. A mudança de tempo verbal na último refrão enfatiza a esperança do pedido que termina com a indicação do narrador de que a idade os atingiu, é tempo de “aposentar-se”.

Musicalmente, o arranjo evoca o passado, principalmente pela utilização de instrumentos acústicos como violão, bandolim e acordeão. Enquanto este último faz a base para os acordes, o bandolim parece emular o oceano e suas ondas. O baixo sincopado de Rick Danko segura o ritmo e o tempo, uma vez que não há bateria. A escolha do acorde menor para iniciar a peça já nos indica a tristeza ou angústia que o narrador quer transmitir.

Enfim, uma canção humilde, mas que na genialidade simples e singular dA Banda tornou-se uma obra prima.

PS.: A letra em português é uma tradução livre do autor.
Por Fábio Brod.

Aumenta apresenta: Centro da Terra


O Rock morreu? Talvez essa seja a pergunta mais recorrente de quem curte o gênero. Bombardeados incessantemente por sertanejos, pagodeiros, funkeiros e outros "eiros", à primeira vista e, pra quem não conhece, realmente o Rock morreu.

Costumo dizer que o Rock não morre, ele se reinventa. E atualmente, ele desceu para o submundo, e lá está ardilosamente arquitetando sua volta. E quando isso acontecer, me perdoem os "eiros", mas o mundo vai ser mais legal.

Brincadeiras à parte, vivemos um momento delicado sim no gênero, mas como disse, o underground mantém viva aquela chama que foi acesa em meados dos anos 1950 e perpetuam até hoje. Sem o apoio de grandes gravadoras e da mídia de massa, de uns 10 anos pra cá, com o surgimento das redes sociais, feliz de quem soube aproveitar (e ainda tira proveito) desse veículo. Hoje, Facebook e Youtube são os melhores meios para divulgar a sua banda. E ter amigos também, obviamente.

Senão fosse por eles, talvez eu não tivesse conhecido o som da Centro da Terra, banda de São José do Rio Preto, interior de São Paulo. Através de meu grande amigo Jorge Carvalho (nem vou entrar no mérito, ele merece um post especial por sua contribuição à música e, principalmente ao mundo do contrabaixo) que recentemente foi para Rio Negrinho/SC para o festival Psicodália 2015, que contou com Ian Anderson, Baby do Brasil, Jards Macalé, Júpiter Maça e Arnaldo Baptista é que conheci este power trizaço.

Inconfundível não achar que os caras são uma mistura de Led Zeppelin, Grand Funk Railroad e, principalmente Jimi Hendrix e Casa das Máquinas (a semelhança vocal é incrível). A mistureba é tanta e tão legal que ele intitulam a proposta da banda de "Ritual Elétrico". Porque nem só de rock é que se forma o som da banda; tem Jazz, Funk, bastante improviso. A performance abaixo, tirada do festival mostra isso.


Isso prova o que venho dizendo a um bom tempo aqui nesse blog. O Underground tem uma força incrível, e basta um pequeno empurrãozinho pra grandes bandas estourarem. Quiça me diga a Centro da Terra. Fred Pala, o som de sua Fender Stratocaster é espacial cara, me fez viajar. Seu estilo é caprichado, cheio de bom gosto. 

Abaixo, deixo o som do disco "Ao Vivo Tarde no Quintal". Vale a pena conferir.


sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Bruce Dickinson foi diagnosticado com câncer


A nota abaixo foi publicada na fanpage oficial do Iron Maiden:

"Pouco depois do natal o vocalista do Iron Maiden, Bruce Dickinson, em um checkup médico de rotina fez uma biópsia que revelou um pequeno tumor cancerígeno na parte de trás de sua língua. Um tratamento de quimioterapia e radiologia foi completado em 18/02/2015. Como o tumor foi detectado em estágios iniciais, o prognóstico felizmente é muito positivo. A equipe médica de Bruce espera que ele se recupere completamente com um diagnóstico positivo para maio. Depois disso serão necessários alguns meses para Bruce voltar a sua forma perfeita. No meio tempo pedimos por sua paciência e respeito à privacidade de Bruce e de sua família até que façamos um pronunciamento no final de maio. Bruce está muito bem levando em conta as circunstâncias e todo o grupo está muito otimista".

Estamos todos torcendo por você Air Raid Siren.

Up The Irons!!!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Bon Scott, a voz do AC/DC


Há exatos 35 anos, o mundo da música perdia, no auge de sua forma, um dos mais emblemáticos vocalistas de todos os tempos: Ronald Belford Scott ou Bon Scott, como todos conhecemos. De 1974, substituindo Dave Evans primeiro vocalista da banda AC/DC até 1980, quando estava em turnê de seu então mais recente disco, "Highway To Hell", Bon é considerado a alma do AC/DC.

Sua morte até hoje não é bem explicada. O que podemos dizer é que, no breve tempo em que fez parte do AC/DC, conseguiu deixar sua marca no mundo do rock, levando a banda à ascensão e continuando o sucesso com o álbum seguinte, "Back In Black" que até hoje é considerado o maior disco da banda.

Para esta data, escolhemos a música mais emblemática dessa fase, que é autobiográfica e, ao mesmo tempo, irônica. Irônica pois Bon não pode presenciar o sucesso alcançado pela sua banda após sua trágica morte e autobiográfica por trechos como "se você acha que é fácil tocar por uma noite inteira, tente tocar em uma banda de rock". No caso do AC/DC, deu certo.