sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014


A edição de seis discos do clássico "Made In Japan" do Deep Purple vai ser lançado em Maio pela gravadora Universal. 

O box set deluxe inclui quatro CDs, um DVD e um single de vinil de sete polegadas. Há também uma versão do álbum em vinil um conjunto de dois CD, um único disco e opções de download digital. Além disso, o box inclui imagens inéditas, material bônus e versões mixadas, memorablilia e livro de capa dura. 

Lembrando a todos que dia 30 de maio nosso editor chefe, Luís Fernando está de aniversário, é uma boa pedida para presenteá-lo.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Queens Of The Stone Age gravando novo clipe


O Queens Of The Stone Age divulgou através de seu perfil oficial no Twitter que está gravando seu novo videoclipe. Trata-se de "Smooth Sailing", que faz parte de ... Like Clockwork.

Abaixo você confere a mensagem postada pela banda e uma das imagens das gravações divulgada pelo guitarrista Troy Van Leewen.



Danzig trabalhando em disco novo


Glenn Danzig, ex-vocalista do Misfits divulgou nas redes sociais um comunicado onde diz que está gravando um novo disco de inéditas. A banda está em estúdio e já tem 5 músicas prontas. Três delas gravadas na última semana com a participação de Tommy Victor, guitarrista do Prong.

Vale lembrar que o último trabalho dele foi Death Red Sabaoth, lançado em 2010.

Fonte: Dying Scene




quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Aumenta apresenta The Outs


A música brasileira ainda tem muita, mas muita lenha pra queimar. E quando me refiro a isso, esqueça o que você ouve nas rádios, televisões e outras mídias por aí. Fazer sertanejo universitário é fácil, é só falar de carros amarelos, festas com mulheres bêbadas e usar monossílabas como tche tche re re ou pa ra pan pan. 

Fazer funk carioca também segue a mesma linha. Agora, a verdadeira música, aquela que te toca na lá no fundo da alma e que faz você viajar para outro lugar, essa sim é mais difícil. Difícil porém não impossível. E o Brasil, de norte a sul, do Oiapoque ao Chuí, é repleto de bandas que, mesmo vivendo no underground, conseguem se destacar no cenário, muitas das vezes por intermédio das mídias sociais, um instrumento que, se bem utilizado, é uma poderosa arma de divulgação.

E da Lapa, no Rio de Janeiro, eis que surge uma banda que, além de imenso bom gosto, tanto na questão timbre, quanto na questão visual e também no quesito instrumentos vintage (talvez aí o bom gosto para timbres), são todos indiscutivelmente excelentes músicos.


Dennis, Tiago, Vinícius e Gabriel formam a The Outs, banda com um pé no BritPop. A semelhança com Liam Gallagher em seu mais novo single, lançado ontem (25/02) que, a primeira audição achei que estava ouvindo uma canção da Beady Eye

Se você notar bem, consegue perceber influência de Oasis, Beatles, Stones, The Who e, se você perceber bem, tem um gostinho de The Smiths e Suede no meio. Claro, talvez você possa perceber outras influências, isso é normal. O que importa é que a garotada tem talento e o melhor, tem futuro.



Mais uma prova de que, sem uma gravadora por trás, é possível sim fazer rock e dos bons no Brasil. Sem rimar trechos monossilábicos com uma batida esquizofrênica.

Abaixo, você ouve "Spiral Steams" da The Outs. No site oficial da banda, você consegue mais informações sobre shows e contatos. Sucesso rapaziada, Rock On! 



Oasis: 20 anos de "Definitely Maybe"


Um dos discos mais importantes da era BritPop dos anos 90, senão O mais importante comemora 20 anos. E, para celebrar tal feito, conquistado com louvor pelos irmão Gallagher e, em se tratando de Oasis, essa comemoração tem que ser feita aos moldes do que a banda sempre foi e será: enorme.

No dia 19 de maio, "Definitely Maybe" chega ao mercado remasterizado e que incluirá versões raras. Mas a surpresa só fica maior. Até o final do ano, dentro de uma série chamada Chasing The Sun, dentro da gravadora Big Brother (que detém os direitos de relançar TODA a obra do Oasis), serão relançados em versão reformada e gorda os discos "What's The Story (Morning Glory)?" e "Be Here Now".

Além disso, o primeiro disco da banda virá em uma versão normal em CD, a de download do álbum original, a de vinil com download grátis, uma especial de três CDs (o original e dois cheio de inéditas, ao vivo e demos) e uma caixa luxo com vinil e CDs. Antes ainda, no Record Store Day, dia 19 de abril, sairá um vinil de 12 polegadas do single "Supersonic".

Até que a data chegue, que tal matarmos a saudade ouvindo o disco na íntegra?


terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Após três anos, Coldplay lança música e clipe novos; veja “Midnight”


Desde 2011, quando lançou Mylo Xyloto que o Coldplay não lançava nada de novo. Porém, hoje (25/02) a banda anunciou "Midnight", que apareceu em seu canal oficial no Youtube. E de quebra, ainda vem com um videoclipe.

Com produção de Joh Hopkins - que já trabalhou com a banda em Viva La Vida or Death and All His Friends, de 2008 - , "Midnight" mostra um Coldplay mais próximo da música eletrônica. A canção "tem um ar sereno e o vídeo apresenta os integrantes da banda andando e dançando em uma floresta, acompanhados de lobos, sob diversos efeitos visuais", segundo informa a Rolling Stone.

A direção ficou por conta de Mary Wigmore, que já trabalho no clipe de "The Hardest Part".


Soundgarden anuncia edição comemorativa de 20 anos de "Superunknow"


Chega às lojas no dia 03 de junho, a edição comemorativa de 20 anos do clássico álbum "Superunknow" do Soundgarden. O disco está sendo relançado em duas edições do tipo "deluxe". Uma delas é "The Deluxe Edition", que conta com um CD duplo com a gravação original e um segundo disco de gravações demo, ensaios e lados B.

A outra é "Super Deluxe Edition" que conta com quatro CDs trazendo o álbum original remasterizados, gravações demos e ensaios, e um quinto disco em Blu-ray com áudio 5.1 Surround Sound. Essa edição inclui fotos inéditas do fotógrafo Kevin Westerberg. Além disso tudo, ainda teremos um LP duplo, em vinil de 200 gramas, com as 16 faixas remasterizadas. É bom ir preparando-se.

O tracklist completo você pode conferir no Consequence Of Sound, que também foi a fonte desta matéria. 


Echo And The Bunnymen anuncia novo álbum


Os veteranos da Echo And The Bunnymen estão de volta com "Meteorites", seu novo disco prestes a ser lançado no dia 28 de abril. Junto com o lançamento, a banda já anuncia uma turnê pela Europa e EUA. 

Ian McCulloh, vocalista e líder da banda afirma que "trata-se do melhor trabalho da Echo em muito tempo". O disco mais recente é "The Fountain", lançado em 2009. Em 2012, Ian McCulloh lançou um disco solo com versões orquestradas para hits da Echo And The Bunnymen.

Veja abaixo o tracklist de "Meterorites":

01. Lovers On The Run
02. Is This A Breakdown
03. Holy Moses
04. Meteorites
05. Explosions
06. Icarus
07. I Loved The Devil
08. Constantinople
09. Market Town
10. New Horizons

Fonte: CoS

Ouça "Startruck", primeira música liberada do Tributo a Ronnie James Dio


This Is Your Life é o nome do super tributo ao Silver Voice, que será lançado no dia 01 de abril. O tracklist a lista dos artistas, um cast fenomenal, você já viu aqui.

Agora, a primeira música deste tributo já pode ser ouvida. Trata-se de "Startruck", numa parceria entre o Motorhead e Biff Bufford do Saxon. Ouça abaixo:


sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Assista Bruce Springsteen tocando "Don't Change" do INXS


E "The Boss" continua nos surpreendendo. Desde que passou por aqui no ano passado no Rock In Rio, onde mostrou que ainda tem muita lenha pra queimar, nós temos acompanhando sua intensa turnê mundo afora.

Como é de praxe em seus shows onde quer que seja, ele começa ou termina tocando um cover. Mas guentaí: quando ele faz um cover, não é assim um mero cover; ele tem que ser feito de forma grandiosa, como manda o figurino. Nesta turnê que ele tem feito pela Austrália, ele já tocou "Highway To Hell"  do AC/DC e, recentemente, deixou os fãs com lágrimas nos olhos, ao executar "Don't Change" da INXS. 

A música de 1982 foi recriada de forma brilhante e linda pela E-Street Band, e a voz rouca de "The Boss" deixou os espectadores de pelos em pé.

Veja abaixo o vídeo da apresentação e mais abaixo a versão original, de 1982. Rock On!




Biografia de Robert Plant vai ser lançada no Brasilá


Mais uma biografia que vai ser lançada no Brasil: A Life, biografia de Robert Plant deve chegar ainda no primeiro semestre deste ano. O livro foi publicado no final do ano passado nos EUA e conta toda a história do cara, desde os tempos áureos do Led até os dias de hoje.

Portanto, mais um livro que entra pra nossa lista de desejos, certo?

Ainda sobre Plant, vale ressaltar que ele está em estúdio gravando o próximo disco. E não é em qualquer estúdio, mas no estúdio de Peter Gabriel. Aguardemos.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

RIP Bob Casale (14/06/1952 - 17/02/2014)


Bob Casale, guitarrista e um dos fundadores da banda DEVO morreu ontem aos 62 anos de idade, apos uma parada cardíaca.

O recado foi dado pelo irmão e integrante da banda Gerald Casale, através da  página oficial no facebook:

"Como membro fundador do Devo, Bob Casale estava nas trincheiras comigo desde o início. Ele era meu irmão centrado, um artista sólido e talentoso engenheiro de áudio, sempre dando mais do que recebia. Ele estava empolgado com a possibilidade de Mark Motherbaugh permitir que o Devo fizesse shows novamente. Sua morte súbita por condições que levaram a uma parada cardíaca foi um choque para todos nós.

Gerald Casale" 

Rolling Stones: banda deve vir ao Brasil no último trimestre de 2014


Pára tudo! O Jornal Destak noticiou ontem (17/02) que o Rolling Stones pode vir ao Brasil entre outubro e novembro. 

Ainda que isso não seja uma confirmação, nos bastidores apontam que uma turnê sul-americana já é dada como certa. Por aqui, a única dúvida é se a banda viria para apresentações fechadas ou se alguma prefeitura entraria na jogada, junto a produtores, para bancar um show gratuito como na última vez em que estiveram por aqui (2006, praia de Copacabana).

Façam suas apostas.


segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Uriah Heep vem ao Brasil em maio


E vai ser no dia 17 de maio, segundo o Jornal Destak. A apresentação deve ser na Virada Cultural. O "Heep" ficou conhecido por ser uma banda do "segundo" escalão, junto com Grand Funk Railroad, UFO, Bad Company, etc. Sua mistura de hard rock com progressivo, cujas letras enveredavam pelo universo místico, deram ao mundo clássicos como os discos "Look At Yorself (1971)", "Demons And Wizards (1972)", além de "Abominog", de 1982, cultuadíssimo pelos fãs, entre outros.

Canções como "Gypsy", "Easy Livin'", "The Magician's Birthday" e "Lady In Black" são obrigatórias em qualquer show da banda que, aliás, conta somente com Mick Box, único membro original e fundador da mesma. Desde 1986 a banda conta com Bernie Shaw (vocais) e Phil Lanzon (teclados/vocais) em sua formação. Ano passado a banda perdeu o grande baixista Trevor Bolder pra uma luta contra o câncer.

Que venha o Uriah Heep. Rock On!


sábado, 15 de fevereiro de 2014

Novo disco do AC/DC a caminho


Pelo menos é o que informa o frontman da banda, Brian Johnson. Segundo o mesmo, a banda entrará em estúdio em maio em Vancouver (Canadá) para gravar o sucessor de Black Ice de 2008. Ainda, um dos integrantes da banda ficou bastante doente nos anos recentes, motivo pelo qual o grupo preferiu ficar na surdina nestes últimos anos. 

Não se sabe qual dos integrantes foi. Mas estamos muito, muito felizes em saber que este dinossauro do rock irá lançar coisa nova. 

Rock On!

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

10 DISCOS “OBSCUROS” DE DAVID BOWIE QUE VOCÊ DEVERIA CONHECER


Rock, eletrônica, pop e até música barroca. Em mais de cinco décadas de carreira, poucos artistas brincaram tanto com a própria estética quanto David Bowie. Fazendo jus ao título de "Camaleão do Rock", o veterano da música britânica (que neste dia 19 concorre ao Brit Awards 2014 em várias categorias) assume em cada registro em estúdio uma obra entregue ao reinvento. Entre discos clássicos como "The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders From Mars (1972)", "Aladdin Sane (1973)" e a aclamada trilogia Berlim - "Low (1977)", "Heroes (1977)" e "Lodger (1979)" -, o cantor reserva para os trabalhos mais obscuros e distantes do grande público uma série de referências e experimentos a serem revisitados. Para quem busca por um caminho alternativo de forma a desbravar a discografia do cantor, separamos dez discos pouco conhecidos da discografia de Bowie, mas que merecem ser desvendados pelo público.




Longe da verve cênica que impulsionaria sua carreira ao longo dos anos, em 1967 David Bowie parecia seguir a trilha dos novos artista britânicos. Partilhando as mesmas experiências líricas e músicas propostas por grupos como The Beatles, o cantor fez do primeiro álbum de estúdio um trabalho inofensivo, mas nem por isso pouco estimulante. Impulsionado pelo ritmo marcial de Rubber Band e os arranjos sutis de Love You Till Tuesday, o registro de 14 faixas reforça toda a capacidade do músico em lidar com melodias acessíveis e canções de versos fáceis. Seja pela capa marcada pela figura de bom moço, aos arranjos íntimos do Baroque Pop, Bowie ainda estava longe, muito longe do personagem excêntrico que viria sustentar em pouco tempo.



As vozes densas, os metais e o clima cativante de Young Americans entregam: a música negra ocupava a mente de Bowie em 1975. Brincando com elementos do Soul, R&B, Gospel e todos os ingredientes que definiram a música norte-americana naquele instante, o músico britânico fez do nono registro em estúdio uma fuga do percurso assumido desde Hunky Dory (1971). Nada conceitual e livre da personagem assumida em Ziggy Stardust, o cantor trouxe na leveza das canções um mecanismo natural para se aproximar de uma nova parcela do público. Gravado parcialmente no mítico Electric Lady, estúdio nova-iorquino construído por Jimi Hendrix em 1970, o álbum encontra nas vocalizações em coro e no ritmo pulsante do Funk (não o carioca) um ponto de isolamento dentro da discografia do artista. São músicas como Fascination e Can You Hear Me, faixas que se dividem entre o erotismo dos arranjos e a melancolia das confissões. Em um cenário onde Sly & The Familyt Stone e outros nomes próximos eram reais, Bowie conseguiu deixar sua marca.



Quem foi seduzido por David Bowie em Young Americans (1975), ou se encantou pelas histórias cantadas pelo cantor no começo de carreira, provavelmente levou um susto em 1976. Para o décimo registro em estúdio, Station To Station, o camaleão do rock não apenas resolveu mudar a própria direção, como abraçou de vez o experimento. Antecipando parte da estética que viria a ser a "Trilogia Berlim", o álbum passeia de forma atenta por elementos da eletrônica, rock progressivo e funk, distanciando o músico de uma composição essencialmente voltada ao pop. A complexidade em torno da obra - inaugurada pela faixa homônima, com mais de 10 minutos de duração -, de forma alguma priva o ouvinte de instantes mais acessíveis. Basta uma rápida passagem pelo ritmo suingado de Golden Years ou clima "familiar" de TVC 15 para receber a série de elementos típicos do lado mais radiofônico do cantor. Todavia, a beleza da obra reside nos instantes de maior invenção, trazendo em referências que vão de Nietzsche a Aleister Crowley o real sustento do disco. Um mero "aperitivo" para o que viria de forma ainda mais instigante no ano seguinte.



Quem ouve a comentada "Trilogia Berlim" de David Bowie, quase sempre passa pelas canções de Low e Heroes, mas esquece do derradeiro Lodger. Um erro. Tão inventivo quanto as obras que o antecedem, o 13° álbum de estúdio do cantor é um brinde à experimentação. A relação com a música germânica, principalmente o Krautrock, parece ter encontrado um novo resultado nas mãos do cantor, que entre sintetizadores e guitarras carregadas de efeito transporta o ouvinte para um ambiente quase particular. Ao mesmo tempo em que brinca com sobrecargas de ruídos e elementos que esbarram na música eletrônica em um sentido provocativo, Bowie de forma alguma parece esquecer do grande público. Em busca de melodias acessíveis e versos sempre atrativos, o cantor espalha pelo álbum canções como DJ, Look Back In Anger e Yassassin, faixas que se dividem entre o Art Rock e parte dos elementos que definiram a recém-inventada New Wave.



Em um ano em que Talking Heads, Pretenders e outros nomes de peso apresentaram obras significativas para a New Wave, o camaleão do rock não poderia passar sem deixar sua marca. Interpretação sombria da estética Neon da década de 80, Scary Monsters (and Super Creeps) encontra no uso de guitarras sujas e vozes quase inacessíveis um ponto de reformulação para a música da época. Faixas como It's No Game, com seus samples turbulentos, diálogos em japonês e referências condensadas aproximam e distanciam Bowie de um trabalho musicalmente acessível. Pouco mais de 40 minutos em que elementos Pós-Punk, Art Rock e Pop dançam pelas orquestrações instáveis do músico. Imenso bloco de referências, o álbum assume uma curva excêntrica em relação ao que os predecessores registros da "Trilogia Berlim" pareciam anunciar. Com produção assinada pelo velho colaborador Tony Visconti, e com Pete Townshend (The Who) e Brian Eno entre os produtores, Scary Monsters é a entrada definitiva de Bowie nos anos 80.



Se a chegada de David Bowie aos anos 80 foi marcada por obras assertivas como Let's Dance (1983), sair da mesma década não foi um exercício tão simples para o artista. Depois de uma temporada de obras recebidas de forma negativa - caso de Tonight (1984) e Never Let Me Down (1987) -, além do flerte com o Hard Rock no projeto paralelo Tin Machine, Bowie fez de Black Tie White Noise um satisfatório retorno a fase solo. Com produção assinada pelo veterano da Funk Music, Nile Rodgers (que recentemente aparece no novo disco do Daft Punk, notem a semelhança no estilo de ambos os discos), o álbum se sustenta como um verdadeiro cruzamento de referências. São quase 60 minutos de duração em que elementos da soul music, eletrônica e rock alternativo dançam pelos inventos do cantor. Impulsionado por músicas como You've Been Around, além da própria faixa-título, o álbum é a base de boa parte dos registros que guiariam o cantor ao longo dos anos 90.



Poucos meses depois do retorno com Black Tie White Noise, David Bowie já estava em estúdio para mais um novo álbum. Produzido especialmente para a série britânica The Buddha Of Suburbia, a trilha-sonora homônima aponta para uma direção oposta ao que Bowie parecia assumir no começo dos anos 90. Ao lado de Lenny Kravitz, o cantor resgata as mesmas peças experimentais deixadas na década de 70, abraçando o Art Rock em uma atmosfera nostálgica e ao mesmo tempo transformadora, como um mergulho no passado sem necessariamente fugir do presente. Com versos carregados de ironia (Sex and the Church) e faixas marcadas pela visão particular de Bowie sobre o mundo (Strangers When We Meet), o álbum segue até o último segundo como uma passagem turbulenta pela mente do próprio cantor. 



Parceiros desde o fim da década de 1970, quando juntos deram vida à Trilogia Berlim, David Bowie e Brian Eno voltaram a se encontrar em 1995 para a construção do conceitual Outside. Antecipando uma série de referências que viriam a conduzir a obra dos conterrâneos do Radiohead no clássico OK Computer (1997), a dupla fez do álbum uma observação crítica sobre a desconstrução da cultura (e do próprio homem) na era digital. Embora marcado pelo uso de versos existenciais e composições tratadas em uma atmosfera quase intimista, o álbum curiosamente conseguiu atrair o público. A capacidade de Bowie em construir músicas radiofônicas (vide os versos de The Hearts Filthy Lesson e Hallo Spaceboy) segue por toda a obra, que entre os ruídos e colagens experimentais típicas de Eno brinca de forma provocativa com a mente do expectador.



O interesse de David Bowie pela música eletrônica se estende desde o fim da década de 1970. Fascinado pela estética de grupos como Kraftwerk, o cantor fez dos primeiros álbuns na década de 90 passagem direta para o gênero, que entre pequenos experimentos  encontrou em Earthling sua melhor forma. Guiado em totalidade pela colagem de batidas eletrônicas, vozes robóticas e toda uma carga de referências sintéticas, o álbum traz em cada música uma aproximação explícita com elementos que vão do Drum and Bass ao Rock Industrial. Dividido entre as faixas de forte aceleração (Little Wonder, que também irá fazer referência no clipe de Where Are We Now? do disco The Next Day (2013)) e canções esculpidas com leveza (Looking For Satellites), o álbum reforça toda a capacidade de adaptação do músico. Seguindo as pistas de "novatos" como Nine Inch Nails e Moby (artistas que cresceram influenciados por seu trabalho), Bowie atravessa as nove composições do disco em uma estrutura que vai das pistas ao recolhimento, como um imenso remix de sua própria carreira. Da capa produzida pelo designer Alexander McQueen ao cruzamento de referências em cada canção, o álbum se sustenta como um dos melhores resumos da música construída  na segunda metade dos anos 90.



Os versos soturnos e a ambientação atenta de Heathen marcaram a entrada de David Bowie nos anos 2000. Depois de uma série de registro frenéticos e musicalmente instáveis lançados na década de 90, o cantor encontrou na própria sobriedade um ponto de equilíbrio e ainda assim transformação. Espécie de interpretação compacta das mesmas invenções testadas na Trilogia Berlim, o álbum serviu para provar que mesmo passadas quatro décadas de carreira, Bowie ainda conseguia surpreender. Ao lado do companheiro de longa data, Tony Visconti, o músico britânico fez da evidente relação entre as músicas um ponto de sustento para a obra. São arranjos tímidos, em geral orquestrados por sintetizadores atmosféricos, mas que abrem espaço para que a voz do cantor ecoe em um raro estado de limpidez. Compacto em essência, o disco se sustenta entre baladas melancólicas e composições abrandadas, como uma versão desacelerada de tudo o que o músico conquistou décadas antes.

Texto original: Brasil Post


Infográfico



domingo, 9 de fevereiro de 2014

Fã de Marvin Gaye encontra passaporte do músico em vinil


Em questão de poucas horas, um fã de Marvin Gaye conseguiu transformar US$ 0,50 em US$ 20 mil. Como? Comprou um disco antigo do músico e, ao chegar em casa, encontrou dentro do vinil um passaporte de 1964 do cantor.
O jovem, que não revelou o nome dele por questões de segurança, trabalha no Museu da Motown e estava visitando a casa de um músico que havia morrido recentemente para recolher alguns itens que iriam para o acervo do museu. Foi quando encontrou um disco de Gaye que ele queria para a coleção pessoal. Ele retornou ao local na semana seguinte e comprou alguns discos. Ao chegar em casa o passaporte “literalmente caiu em minhas mãos”, contou no programa Antiques Roadshow.
O documento, emitido quando o cantor tinha apenas 25 anos, foi avaliado em US$ 20 mil. “Você está de brincadeira?” respondeu o fã ao receber a notícia.
Ouça “How Sweet It Is (To Be Loved By You)”, gravado no mesmo ano da emissão do passaporte:



quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Capa e tracklist de "This Is Your Life", novo tributo a Ronnie James Dio


Mais um super tributo a Ronnie James Dio que contará com grandes nomes do metal e que abrangerá praticamente toda a carreira do Silver Voice.

Intitulada "This Is Your Life", o álbum conta com contribuições de Metallica, Motörhead, Anthrax, Rob Halford, e Tenacious D, bem como muitos dos músicos que tocaram com Dio até sua morte em 2010. O álbum foi produzido pelo manager de longa data de Dio e sua esposa Wendy. 

Toda a renda irá beneficiar a Ronnie James Dio Stand Up and Shout Cancer Fund. Está previsto para lançamento em 01 de abril via Rhino Records.

O tracklist é o seguinte:

01. Anthrax – “Neon Knights” *
02. Tenacious D – “The Last In Line” *
03. Adrenaline Mob – “The Mob Rules”
04. Corey Taylor, Roy Mayorga, Satchel, Christian Martucci, Jason Christopher – “Rainbow In The Dark”*
05. Halestorm – “Straight Through The Heart” *
06. Motörhead with Biff Byford – “Starstruck” *
07. Scorpions – “The Temple Of The King” *
08. Doro – “Egypt (The Chains Are On)”
09. Killswitch Engage – “Holy Driver”
10. Glenn Hughes, Simon Wright, Craig Goldy, Rudy Sarzo, Scott Warren – “Catch The Rainbow” *
11. Oni Logan, Jimmy Bain, Rowan Robertson, Brian Tichy – “I” *
12. Rob Halford, Vinny Appice, Doug Aldrich, Jeff Pilson, Scott Warren – “Man On The Silver Mountain”*
13. Metallica – “Ronnie Rising Medley (Featuring A Light In The Black, Tarot Woman, Stargazer, Kill The King)” *
14. Dio – “This Is Your Life”

* = Previously unreleased

Conheça a California Breed, nova banda de Glenn Hughes e Jason Bonham


A história você já conhece de cor e salteado; Glenn Hughes e Joe Bonamassa trocaram rusgas publicamente e assim acabaram com uma dos supergrupos mais legais que surgiu nos últimos tempos, a Black Country Comumnion.

Até aí tudo bem, você deve acompanhar os sites especializados e o facebook de Gleen Hughes. Agora, o que (talvez) ainda seja novidade, é que ele e Jason Bonham, mais um guitarrista de 23 anos chamado Andrew Watt (desculpe, pensei num trocadilho hehe) uniram as forças e lançaram outra banda, a California Breed.

Segundo Hughes, eles já tem 12 músicas gravadas e devem soltar um álbum em breve. Até o momento não se tem maiores informações. Nos resta aguardar. 

Acompanhe-os através de seu facebook oficial.

Ah, antes que eu me esqueça. Conheça um pouco do trabalho do Andrew Watt (o trocadilho me veio à mente de novo, hahaha). Abaixo, veja o vídeo de Chamaleon. Pelo jeito, bom gosto pra guitarras e timbres ele tem. Vai!


segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

The Cure anuncia novo disco de estúdio para 2014


O The Cure vai voltar ainda este ano com o seu álbum de estúdio 14 e pela primeira vez em seis anos. Provisoriamente intitulado 4:14 Scream, o álbum foi gravado ao mesmo tempo como 2008 04:13 Dream, de acordo com um comunicado de imprensa. Ele será lançado junto com uma série de DVDs de shows ao vivo em uma data ainda anunciada.

Assim como fez em 2002 quanto tocou Three Imaginary Boys, Seventeen Seconds e Faith e em 2011 com Pornography, Disintegration e Bloodflowers, esse ano eles também irão tocar 3 discos na íntegra, a saber: The Top, The Head On The Floor e Kiss Me, Kiss Me, Kiss Me.

Já está confirmada a banda a aparecer no Teenage Cancer Trust para shows beneficentes este ano no Royal Albert Hall de Londres em 28 de março e 29. Datas adicionais são esperados em breve.


Red Hot Chili Peppers anuncia pausa!


É o seguinte: os caras do RHCP anunciaram que vão dar ficar em hiato por um tempo, longe dos palcos, para dedicar-se à composição de seu novo disco. A banda, que é uma das atrações do Lollapalooza 2014, já começou a trabalhar na bolacha.

Ontem (02/02/2014), a banda fez um show no Super Bowl, o maior evento esportivo dos EUA, onde tocou com Bruno Mars. Antes disso, eles tocaram numa festa pré-jogo no Barclays Center, no Brooklin. A apresentação dos caras, bem como o medley executado por Bruno Mars, você vê logo abaixo.




R.IP. Philip Seymour Hoffman (23/07/1967 - 02/02/2014)


O domingo de ontem foi tenso, marcado por duas grandes perdas no mundo artístico; o primeiro foi a morte do cineasta brasileiro Eduardo Coutinho, premiadíssimo documentarista brasileiro. Ele foi encontrado morto com várias facadas em seu corpo. Há quem diga que quem cometeu tal ato de brutalidade tenha sido seu filho de 41 anos, que sofre de esquizofrenia. 

Segundo, porque também do mundo do cinema, mas lá da capital mundial da sétima arte, foi a notícia de que Philip Seymour Hoffman havia sido encontrado morto em seu apartamento. É de conhecimento de todos que ele lutava contra o seu vício em heroína e, ontem a noite as suspeitas foram (praticamente) confirmadas. Ele foi encontrado sem vida em seu banheiro, com uma seringa em seu braço e um pacote de um "misterioso pó branco" ao seu lado. Ao que tudo indica, foi overdose.

Philip era um cara boa praça, gentil e que, assim como a gente, curtia boa música. Ele foi agraciado com o Oscar de melhor ator por sua atuação no brilhante filme Capote de 2005, além de ter participado de outros inúmeros filmes de sucesso.

Dois filmes muito legais que merecem destaque foram: Almost Famous (2000) e The Boat That Rocked (Pirate Radio) (2009). No primeiro ele interpreta um crítico musical que ajuda o protagonista do filme a tornar-se um crítico como ele. No segundo, ele era um DJ de uma rádio pirata que só tocava rock n' roll.

R.I.P Philip. Continue a brilhar onde quer que esteja.