segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Aumenta apresenta: Centro da Terra


O Rock morreu? Talvez essa seja a pergunta mais recorrente de quem curte o gênero. Bombardeados incessantemente por sertanejos, pagodeiros, funkeiros e outros "eiros", à primeira vista e, pra quem não conhece, realmente o Rock morreu.

Costumo dizer que o Rock não morre, ele se reinventa. E atualmente, ele desceu para o submundo, e lá está ardilosamente arquitetando sua volta. E quando isso acontecer, me perdoem os "eiros", mas o mundo vai ser mais legal.

Brincadeiras à parte, vivemos um momento delicado sim no gênero, mas como disse, o underground mantém viva aquela chama que foi acesa em meados dos anos 1950 e perpetuam até hoje. Sem o apoio de grandes gravadoras e da mídia de massa, de uns 10 anos pra cá, com o surgimento das redes sociais, feliz de quem soube aproveitar (e ainda tira proveito) desse veículo. Hoje, Facebook e Youtube são os melhores meios para divulgar a sua banda. E ter amigos também, obviamente.

Senão fosse por eles, talvez eu não tivesse conhecido o som da Centro da Terra, banda de São José do Rio Preto, interior de São Paulo. Através de meu grande amigo Jorge Carvalho (nem vou entrar no mérito, ele merece um post especial por sua contribuição à música e, principalmente ao mundo do contrabaixo) que recentemente foi para Rio Negrinho/SC para o festival Psicodália 2015, que contou com Ian Anderson, Baby do Brasil, Jards Macalé, Júpiter Maça e Arnaldo Baptista é que conheci este power trizaço.

Inconfundível não achar que os caras são uma mistura de Led Zeppelin, Grand Funk Railroad e, principalmente Jimi Hendrix e Casa das Máquinas (a semelhança vocal é incrível). A mistureba é tanta e tão legal que ele intitulam a proposta da banda de "Ritual Elétrico". Porque nem só de rock é que se forma o som da banda; tem Jazz, Funk, bastante improviso. A performance abaixo, tirada do festival mostra isso.


Isso prova o que venho dizendo a um bom tempo aqui nesse blog. O Underground tem uma força incrível, e basta um pequeno empurrãozinho pra grandes bandas estourarem. Quiça me diga a Centro da Terra. Fred Pala, o som de sua Fender Stratocaster é espacial cara, me fez viajar. Seu estilo é caprichado, cheio de bom gosto. 

Abaixo, deixo o som do disco "Ao Vivo Tarde no Quintal". Vale a pena conferir.


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