Quinto álbum solo de Brendan Benson, What Kind of World
é uma grata surpresa. O cantor e guitarrista norte-americano, que a
maioria conhece por ter sido parceiro de Jack White no Raconteurs, é
responsável por um disco sólido e coeso, que entra forte na briga pelo
posto de melhor do ano.
Produzido pelo próprio Benson, What Kind of World
traz doze faixas que variam entre o rock e o pop, com toques de country
em alguns momentos e ecos dos trabalhos solos dos Beatles em outros.
Grande compositor, Brendan explora uma ampla gama de sonoridades, dando o
seu toque pessoal em cada uma delas. Com melodias bem construídas,
arranjos econômicos e refrões certeiros e prontos para conquistar,
Benson construiu um disco excelente, que cresce a cada audição.
A referência mais adequada para a sonoridade de What Kind of World
é o Big Star, pilar do power pop setentista. Benson é uma espécie de
Alex Chilton contemporâneo, com a mesma capacidade de esculpir pequenas
jóias pops. E é justamente o brilho reluzente dessas jóias que faz de What Kind of World
um álbum especial. Há também uma certa influência de Todd Rundgren e
até mesmo do Cheap Trick em certos momentos, tornando as músicas
agradáveis já de saída.
Destaque
para a faixa-título, a baladaça “Bad For Me”, o balanço de “Keep Me”, a
sombria “Pretty Baby”, “Thru the Ceiling” e o country meio Gram Parsons
“On the Fence”, que fecha o disco em grande estilo.
Mesmo sem o brilhantismo de Blunderbuss, estreia solo do chapa Jack White, Brendan Benson fez um trabalho excelente. Com um ar meio nostálgico e grandes composições, What Kind of World é daqueles tipos de discos que, quanto mais ouvimos, mais gostamos.
Basta apertar o play para descobrir um trabalho que irá estar ao seu lado por um longo tempo. Experimente!
Experimente Brendan Benson:
Fonte: Collector's Room
Ih, o link já era. Pena,
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