sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Brendan Benson

Quinto álbum solo de Brendan Benson, What Kind of World é uma grata surpresa. O cantor e guitarrista norte-americano, que a maioria conhece por ter sido parceiro de Jack White no Raconteurs, é responsável por um disco sólido e coeso, que entra forte na briga pelo posto de melhor do ano.
Produzido pelo próprio Benson, What Kind of World traz doze faixas que variam entre o rock e o pop, com toques de country em alguns momentos e ecos dos trabalhos solos dos Beatles em outros. Grande compositor, Brendan explora uma ampla gama de sonoridades, dando o seu toque pessoal em cada uma delas. Com melodias bem construídas, arranjos econômicos e refrões certeiros e prontos para conquistar, Benson construiu um disco excelente, que cresce a cada audição.
A referência mais adequada para a sonoridade de What Kind of World é o Big Star, pilar do power pop setentista. Benson é uma espécie de Alex Chilton contemporâneo, com a mesma capacidade de esculpir pequenas jóias pops. E é justamente o brilho reluzente dessas jóias que faz de What Kind of World um álbum especial. Há também uma certa influência de Todd Rundgren e até mesmo do Cheap Trick em certos momentos, tornando as músicas agradáveis já de saída.
Destaque para a faixa-título, a baladaça “Bad For Me”, o balanço de “Keep Me”, a sombria “Pretty Baby”, “Thru the Ceiling” e o country meio Gram Parsons “On the Fence”, que fecha o disco em grande estilo.
Mesmo sem o brilhantismo de Blunderbuss, estreia solo do chapa Jack White, Brendan Benson fez um trabalho excelente. Com um ar meio nostálgico e grandes composições, What Kind of World é daqueles tipos de discos que, quanto mais ouvimos, mais gostamos.
Basta apertar o play para descobrir um trabalho que irá estar ao seu lado por um longo tempo. Experimente!


Experimente Brendan Benson:

Fonte: Collector's Room

Um comentário: