terça-feira, 28 de abril de 2015

Repost: Black Sabbath - The Eternal Idol (1987)


Post originalmente publicado em 6 de março de 2010, com algumas informações adicionais e revisado..

Sabe aquele disco, daquela banda que você curte pra caramba mas que, por algum motivo do destino nunca é lembrado pela crítica ou até mesmo por você? Pois bem, hoje vamos falar sobre "The Eternal Idol", um baita disco que foi gravado pelo Black Sabbath.

A história do Black Sabbath eu não preciso contar aqui pois todo mundo (ou quase) conhece. Depois de clássicos, o Sabbath meio que se perdeu em seu caminho. Logo após a saída de Ronnie James Dio, Tony Iommi ficou meio "deslocado" e começou um vai-e-vem de músicos na banda, principalmente de vocalistas Isso (na verdade) acontecia em muitas bandas (Dio, Deep Purple, Whitesnake, Rainbow). Mas no Sabbath era meio inusitado. Em 1983 eles lançam "Born Again" que contava com Ian Gillan (Deep Purple). Em 1986 um grande disco com Glenn Hughes nos vocais ("Seventh Star"). Isso sem contar uma breve aparição de Rob Halford nessa época aí também, mais precisamente no lançamento de "Born Again". UFA!!!! É muita gente não?

Então, em 1987 Tony convida um cara que começava a despontar como uma promessa e, logicamente, seria uma oportunidade para dar uma guinada na banda. Era Ray Gillen. Em 1985 Ray Gillen virou vocalista da banda Rondinelli, do grande baterista Bobby Rondinelli (que na época foi baterista do Rainbow, e que gravou, ao lado de Roger Glover, Ritchie Blackmore e Joe Lynn Turner os discos "Difficult To Cure" e "Straight Between The Eyes"). Logo em seguida, Gillen recusa um convite para o musical CATS e aceita o "emprego" para gravar "The Eternal Idol". A história por trás do disco é inusitada.


Por muitos problemas financeiros (pelo menos são fontes) Ray Gillen, assim como Eric Singer que tocou bateria no disco (mais tarde iria pro Badlands e futuramente KISS) e Dave Spitz que tocou baixo (White Lion, Great White, Lita Ford, Impelliteri, Nuclear Assault) resolvem deixar a banda. Com o disco praticamente pronto, Iommy chama Tony Martin, o eterno vocalista do segundo escalão. Continuando a história de Gillen, logo em seguida, junto com John Sykes (Tygers Of A Pan Tang, Whitesnake, Sykes) monta a Blue Murder. Participou também do projeto PHENOMENA de Glenn Hughes até que, em 1987, junto com Jake E. Lee (ex-Ozzy Osbourne), Eric Singer e Greg Chaisson no baixo montam a Badlands. Fatalmente ele viria a morrer de Aids. Uma pena, tinha um grande caminho ainda a trilhar.

Voltando à Eternal Idol, os fãs mais ardorosos do Sabbath não gostam de citar a fase com Tony Martin à frente do Black Sabbath. Além deste, ele gravou "Headless Cross", "Tyr", gravou o disco "Dehumanizer" que posteriormente foi lançado com Ronnie James Dio em seu retorno ao Sabbath e 1992, "Cross Purposes", "Cross Purposes Live" e "Forbbiden". Todos os discos tem a característica marcante do Sabbath, que é o peso e o som soturno. E Tony Martin é um grande vocalista, segura bem as pontas em músicas do Sabbath tanto com Ozzy quanto com Dio. Mas é injutiçado, infelizmente. The Eternal Idol é sim um disco importante pra discografia do Black Sabbath e indispensável para quem curte não só a banda, mas música de modo geral. Sonzeira.


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