Todo mundo já deve saber que este final de semana está acontecendo o Lollapalooza 2014, um mega festival cheio de bandas para todos os gostos. E não tem desculpa para, pelo menos, assistir aos shows, pois eles estão sendo transmitidos pelos canais Multishow e BIS.
E melhor ainda, é que o Aumenta está lá, com nossa correspondente especial Gabriele Viaceli (@gabiviaceli). Ela de lá e nós de cá preparamos um especial do primeiro dia de festival, que foi muito legal.
O festival começou com o show de
Capital Cities. Confesso que só conhecia "
Safe And Sound", que é o maior hit e toca em todas as rádios do país. O show dos caras foi sensacional, uma mistura de disco, pop e Indie que botou todo mundo pra dançar, literalmente.
Foto: I Hate Flash/Duarte
A banda ainda mostrou suas influências brindando o público com "Stayin' Alive" do Bee Gees e "Holiday" da Madonna. Do início ao fim, o show foi sensacional.
Foto: I Hate Flash/Padilha
A banda, que já contou com Dave Grohl em suas baquetas para um show especial, foi uma das atrações mais aguardadas do dia. Na hora em que a banda subiu ao palco, impossível não comparar o incendiário vocalista Matthew Shultz com Iggy Pop. Ele é tão cativante, tão envolvente, que os músicos (em determinados momentos) tornaram-se meros coadjuvantes.
Foto: Gabi Viaceli
Segundo Gabi, "Cage The Elephant foi sensacional!!! É meu segundo show deles e sem comentários, não tem como ficar parada. E o vocalista é sem noção! Foda."
E ainda nos brindou com "Aberdeen" do Nirvana, uma singela homenagem a banda cujo vocalista morreu há exatos 20 anos atrás na mesma data. Ah! Detalhe também para a guitarra de Brad Shultz, você notou? É uma das tantas utilizadas por Kurt Cobain.
"Sabertooh Tiger", a finalera, fez com que um inspirado Matthew chegasse a escalar a torre de luz do festival. Sensacional.
Foto: Lollapalooza Brasil
Quando foi anunciado seu show no festival, causou uma comoção em muita gente. Tá, vamos confessar. Quando o
The Strokes lançou "
This Is It" m 2001, mudou a cara do Indie Rock. Muitas bandas que estão aí neste festival, só estão por causa do Strokes, isso é inegável
Já sua carreira solo é de altos e baixos. O que se viu no festival Lollapalooza foi um show apático, excêntrico e experimental. Veja você: a começar pelo guitarrista anos 80 total, com aquelas guitarras espaciais, o cabelo de vassoura e o bigode de morsa. Ah! E também pela jaqueta de bolsa de estopa e o velho All Star cano longo. O som que Julian vem fazendo, isso já no último disco do The Strokes "Comedown Machine" e também em sua carreira solo, é muito, mas muito voltado para o que as bandas faziam no final dos anos 70 e começo dos anos 80. Impossível não comparar o som atual dele com The Stranglers, Joy Divison e New Order (que toca hoje no festival).
Foto: Gabi Viaceli
Quem me conhece sabe o quanto eu sou "crica" pra música. Se eu gosto eu gosto, se eu não gosto, passo a vez mesmo. E o Imagine Dragons, uma banda que eu só tinha visto tocando uma versão unplugged de "Revolution" dos Beatles, no aniversário de 50 anos da primeira aparição da banda nos EUA, me conquistou.
Os caras são muito bons. Talvez, o show tenha sido o melhor do festival, pois foi coroado com um belíssimo pôr do sol, tenha deixado o show mais emocionante. Dan Reynolds é um vocalista carismático e emocionado. E sabe como poucos prender a atenção da galera.
Foto: Lollapalooza Brasil
Segundo Gabi, "Imagine Dragons é demais também. Conheço a pouco tempo a banda, mas o show deles é ótimo!! Dan Reynolds disse que os pais dele moraram aqui no Brasil por 2 anos quando ele era criança, e os pais pediram para ele falar que eles amavam o Brasil e que os brasileiros são as pessoas mais humildes e calorosas que exitem. Disse também que esse foi o melhor show de sua vida. Realmente foi um show ótimo com uma platéia incrível."
Na hora dos hits "Demons" e "Bleeding Out", cantado em uníssono pela galera, antes de tudo ele disse que com todas as luzes que vinham da platéia (dos celulares e da visão de todo o festival), parecia que estava em Las Vegas. "Vocês querem ir com a gente para Las Vegas?" foi a deixa para que a casa viesse abaixo.
Foto: Gabi Viaceli
Lembra que eu falei que sou crica pra música? Não sei o porque essa garota de 17 anos causa tanto frisson na mídia e, principalmente na galera. O que eu vi foi uma menina que parecia ter ataques epiléticos no palco, com sua dança de robô desengonçada. Tanto que mudei de canal pra ver o
Phoenix. Este sim um showzaço.
Os franceses ganhadores do Grammy 2010 mostraram que seu rock-synthpop tem sim espaço no coração da galera. O show foi frenético, fazendo a galera transpirar muito. Junto com
Air e
Daft Punk, são o que melhor definem a cena musical atual francesa.
Por falar em Daft Punk, em 1980 antes de formarem o Phoenix, os integrantes tinha outra banda, chamada Darlin'. Um fato curioso é que a primeira formação desta banda era, além de Laurent Brancovitz (atual guitarrista da Phoenix), contava ainda com Thomas Bangalter e Guy-Manuel de Homem-Cristo. Sabe quem são né?
Foto: I Hate Flash/Lollapalooza Brasil
A partir de agora, a porra fica séria. Com seu rock industrial bem calcado em riffs e peso, além de produção de palco, o NIN fez um show muito aguardado. A última passagem deles por aqui foi em 2005. Apesar de faltarem algumas múicas, muitos clássicos estiveram presentes por ali: "Disappointed", "Me. I´m Not", "Hurt" e "The Great Destroyer", que deixou todo mundo muito louco, por sua loucura visual e sonora.
"Eu sou suspeita em falar do NIN, por ser muito fã do Trent. Ele é sensacional. E o show? Putz, faltou música ali, acho que todo fã esperava um pouco mais. Mas o show foi sensacional, poucas pessoas no isolado palco Onix, mas a banda é foda. Som impecável. Realmente um dos melhores desse sábado".
Foto: I Hate Flash/Lollapalooza Brasil
Havia uma expectativa em torno do show do Muse. Sai ou não sai? Devido a "problemas de saúde", o show dos caras foi cancelado em SP. Mas ele acabou acontecendo no Lolla. Apesar do mar de gente e a transmissão ter sido vetada pela banda, mesmo assim o show valeu pela homenagem ao
Nirvana, com a banda tocando "
Lithium" e levando os presentes a um estado de catarse. Você pode ver o vídeo desta performance
clicando neste link aqui.
O show foi meio morno, talvez pelo problema de saúde do vocalista, que pelas fotos, não aparentava estar em sua melhor forma. Mas no fim o saldo foi positivo, sendo o show melhor que o da Lorde.
Eu confesso que sou pouco conhecedor de música eletrônica, mas o show dos caras me chamou bastante atenção. Muitos efeitos sonoros e visuais, além de um imenso aparato de percurssão e até baixo para fazer os presentes irem a loucura, transformando o local numa imensa rave.
E é isso. O saldo do primeiro dia foi bastante positivo. Agora vamos esperar o dia começar com Johnny Marr, o eterno guitarrista do The Smiths, ver o Pixies, Arcade Fire e Soundgarden.
Nos vemos lá. #Lollapalooza, #Músicaemprimeirolugar.