A maioria dos leitores do Aumenta já viram esse nome por aqui algumas vezes: Gabrielle Viaceli. Além de colaboradora de nosso blog, ela é foi a correspondente oficial do Lollapalooza 2014, cobrindo todo o festival e dando um olhar menos superficial e mais amplo do festival. E em 2015 aguardem, estaremos no Lolla de novo. E, já que além de uma amiga querida, nada mais justo que convidá-la para escrever sobre os discos que ela considerou os mais importantes de 2014. E de cara já adiantamos: a lista é FANTÁSTICA. Confira abaixo.
Jack White - Lazaretto
Eu diria que o Jack White é o cara e um dos artistas mais completos da atualidade. O processo criativo e o cuidado com os mínimos detalhes desde a produção até a capa do disco são impressionantes. Esse álbum é a prova disso tudo. Estou ansiosa para ver e ouvir o trabalho dele ao vivo no Lollapalooza 2015.
Foo Fighters - Sonic Highways
O disco que foi gravado em oito cidades dos EUA e documentado, contando as histórias sobre a música em cada cenário. Esse disco vale estar na lista não só pelas ótimas músicas, mas pelo projeto todo, uma ideia louca que foi colocada em prática e deu certo.
Antemasque - Antemasque
Eu simplesmente amo os trabalhos da dupla Cedric Bixler Zavala e Omar Rodrigues-Lopez, que inclui as bandas At The Drive-In e The Mars Volta, a qual tive oportunidade de ver ao vivo. Nesse novo projeto, eles apresentam uma mistura de rock progressivo com punk rock e hardcore, contando com a participação do baixista Flea em algumas músicas. Eu diria que é um trabalho (como todos os outros que envolvem a dupla) que, ou você ama ou você odeia, mas realmente vale a pena ouvir.
Lana Del Rey - Ultraviolence
Ahn? Tá louca Gabi? Não, não estou. Me rendi aos encantos da Lana. O álbum tem como produtores nomes conhecidos por grandes trabalhos, Dan Auerbach, Rich Nowels, Paul Epworth, Greg Kurstin são alguns deles. Acho difícil explicar o que eu gosto nesse álbum, mas além de muito bem produzido, a sonoridade dele é muito boa.
Weezer - Everything Will Be Alright In The End
Se tem uma banda que eu sempre tive dúvidas se gostava ou não, é a Weezer. Queridinha de alguns e chatinha para vários. Esse é o álbum que resolveu o impasse. Super divertido, a cara do Weezer e vale a pena ouvir sem pular nenhuma música.
Smashing Pumpkins - Monuments To An Elegy
Tenho dúvidas sobre esse álbum estar na lista, mas também eu não seria justa se não colocasse. De longe não é o melhor trabalho, mas não deixa de ser grandioso, ainda mais com tantas mudanças que a banda sofreu. Sabemos que Billy Corgan é talentosíssimo e talvez até auto-suficiente, mostrando que o estilo do Smashing Pumpkins a ele pertence. Por mais que tudo isso pareça uma crítica negativa, o álbum é ótimo. "Eles" também estarão presentes no Lollapalooza 2015.
Sabe aquela banda que você acha que nunca vai superar o primeiro disco? Pra mim é a Kasabian, e eles sempre superam os antecessores (mesmo que o meu preferido ainda seja o primeiro). No "48:13", a banda segue o estilo rock eletrônico com uma pegada dark. Você começa o álbum dando aquela balançada na cabeça, logo você está cantando, dançando e fazendo tudo ao mesmo tempo. Resumindo, álbum bem produzido, sonoridade impar, e com crescimento musical sem perder a essência da banda. A banda também estará presente no Lollapalooza 2015.
Interpol - El Pintor
Quem sempre curtiu o som dos anos 80, com certeza ficou de boca aberta quando o Interpol lançou lá em 2002 o "Turn On The Bright The Lights". Sempre mantendo uma certa obscuridade, a banda lançou nesse ano o seu quinto álbum, e que álbum. Introspectivo, mas energético. Sem muita inovação, mas maduro. Há quem diga que o álbum nada mais é que uma repetição, uma falsa originalidade. Sendo ou não, ainda é um álbum que surpreende e vicia. Vamos sentir como é a banda ao vivo no ano que vem.
Temples - Sun Structures
Uau! Foi isso que pensei quando ouvi. O álbum de estréia da banda conquista qualquer um que curte um rock psicodélico. Dá pra viajar no som e nem ver o tempo passar. A banda se tornou queridinha de muitos músicos como Mick Jagger, Johnny Marr e Noel Gallagher, o que torna ainda mais certo o sucesso da banda.
Beck - Morning Phase
Dá pra chamar um disco de gostoso? Super depressivo e melancólico, mas gostoso de ouvir e ir pro além. Nunca entendi muito bem o Beck. Sempre achei ele um artista estranho, com uma música indefinida e muitas vezes chato. Poderia dizer que eu amadureci, ou a musicalidade desse álbum está realmente apaixonante. Mas o que importa aqui é que o álbum é ótimo, dramático e belo.