Dotado de talento e criatividade ímpares, Gary Moore dispensa apresentações. Já trabalhou com verdadeiros monstros do rock n' roll como Greg Lake, Thin Lizzy (Black Rose é um dos melhores discos da banda, não tenha dúvidas) e até mesmo Ginger Baker e Jack Bruce, ambos do Cream, no ótimo projeto BBM (Baker, Bruce & Moore), além de participações em inúmeros projetos.
Lançado em 1985, Run For Cover é reconhecido, até hoje, como um dos melhores já lançados por Gary em vários aspectos, como musical e comercial.
Neste disco Gary mergulha de cabeça numa sonoridade mais galgada no gênero que estava fazendo sucesso no momento: o Hard Rock. Nada comparado a um Bon Jovi ou King Kobra (????), pois Gary preza por suas influências blueseiras. Mas Run For Cover apresenta várias características datadas "modernas" até então, como progressões mais melódicas, refrões fortes, bateria com peso e outras jogatinas mais comerciais que acabaram permitindo que o álbum fosse bem-sucedido em sua proposta.
A line-up responsável por essa gravação é, no mínimo, invejável. Além da presença óbvia de Gary Moore, que já vale o disco, o time conta com participações de Gleen Hughes, Neil Carter (UFO), Don Airey (Judas Priest, Ozzy Osbourne, Whitesnake, Deep Purple, Black Sabbath, só pra citar alguns), Bob Daisley (Whitesnake, Ozzy Osbourne, Rainbow, Thin Lizzy), Phil Lynnot (Thin Lizzy) entre vários outros competentes músicos.
Uma curiosidade interessante porém infeliz é que Gleen Hughes não gravou o disco inteiro (com exceções das faixas que Phil Lynnot participa), nem participou da subsequente turnê porque Gary Moore mandou-o pra casa ouvir pagode. O motivo? Moore estava com raiva porque Hughes também estava participando do Phenomena e exigiu exclusividade de Hughes, o que não aconteceu. Bob Daisley foi convocado para terminar as gravações já realizadas e tocar em "Once In A Lifetime". Louco né?
Além da já previsível "Out In The Fields", que atingiu as posições de número 3 e 5 nas paradas irlandesas e inglesas, respectivamente, vale destacar as excelentes "Reach For Te Sky". "Nothing To Lose", "All Messed Up" "Military Man" e a faixa-título.
O disco é uma "ode" aos anos 80. Você vai achar felizes coincidências dele com Seventh Starr do Black Sabbath, Phenomena (citado anteriormente), 1987 do Whitesnake, The House Of Bluelight do Deep Purple (com Joe Lynn Turner nos vocais) e até com Difficult to Cure do Rainbow.
É um discaço! Vale a pena conferir.
Experimente Gary Moore:
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