quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Frijid Pink - Frijid Pink (1970)


Surgida em Detroit no final dos anos 60, no movimento musical que apresentou bandas como The Psychedelic Stooges (aquela do Iggy Pop), The Amboy Dukes (Ted Nugent), e MC5, entre outras, o Frijid Pink talvez não tenha alcançado o sucesso de seus concorrentes, mas certamente deixou uma obra que pode ser apreciada - e por que não dizer comemorada - visto que passados mais de 30 anos, seus discos ainda despertam muito interesse em quem ama o bom e velho rock and roll.

Formada em 1967 pelos estudantes Kelly Green (vocais), Gary Ray Thompson (guitarra), Tom Harris (baixo), Richard Stevers (bateria) e com participação especial de Larry Zelanka (teclados), a banda batalhou tocando em vários lugares, por cerca de três anos, até finalmente conseguir um contrato com a Parrot Label, que garantiu a gravação do tão esperado primeiro álbum. Foi quando surgiu a primeira mudança no grupo, com Thomas Beaudry entrando no lugar de Tom Harris, trazendo para a banda um swing blues.

O debute foi lançado em 1970, chamado simplesmente de Frijid Pink (com capa cor de rosa mesmo), um típico discaço, digno de estar os melhores desta maravilha e prolífera época, musicalmente falando.

Uma curiosidade sobre o disco é que eles regravaram House Of Rising Sun, que já foi gravada por um sem número de bandas e artistas, incluindo aí uma das melhores versões na voz de Bob Dylan. A versão do Frijid Pink é bem ao estilo do Animals, onde os vocais lembram o genial Eric Burdon. Mesmo assim a banda mostra sua personalidade nos arranjos, mais pesados e sujos. Esta versão conseguiu relativo sucesso nas paradas da época, chegando ao 7º posto da Billboard. A influência máxima para eles sempre foi o Deus Eric Clapton, basta ouvir.


O relançamento deste álbum em CD ainda traz 2 bônus tracks. A primeira é uma versão para a famosa Heartbreak Hotel, lançada nos primórdios de 1956 pelo rei do rock, Elvis Presley, aqui cantada em forma de blues rock. Já Music For The People é uma baladona no melhor estilo gospel, onde o destaque são os backing vocals, além do belo refrão. Em alguns momentos lembra o velho e bom Creedence.

Após este álbum o Frijid lançou outro grande disco chamado Defrosted, (com os caras dentro de um cubo de gelo), também bastante interessante e mantendo o ótimo nível da estréia. O terceiro e último desta fase foi Earth Women, porém, já sem manter o mesmo nível de qualidade dos anteriores. A banda acabou após Earth Women, tendo tentado uma volta em 1975, lançando All Pink Inside, sem sucesso, o que acabou selando a carreira do grupo. Os três primeiros álbuns foram relançados em CD’s pela Repertoire nos anos 90 e os dois primeiros também saíram pela Akarma nos formatos analógicos e digitais.

Curta abaixo Frijid Pink na íntegra:


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