sexta-feira, 17 de maio de 2013

Jorge Ben - A Tábua de Esmeralda (1974)


- "Salve!"

"...Esse é meu novo disco... que tem por título 'A Tábua De Esmeralda' que foi onde começou toda alquimia e... eu faço nele uma alquimia musical..."

E assim começa mais um mítico álbum da música brasileira; A Tábua de Esmeralda. Inspirado e profundo apreciador da alquimia e dos alquimistas, Jorge Ben Jor, na época Jorge Ben, decidiu misturar seu samba esquema novo com a alquimia, formando o que ele mesmo denominava de: Alquimia Musical. Alquimia essa que fez com que esse álbum entrasse para o hall dos melhores já lançados no Brasil.

Um pouco de história: A Tábua de Esmeralda é o texto-chave do Hermetismo, de longa data reverenciado como a síntese de todo o conhecimento Hermético. Por séculos os alquimistas descobriram neste documento um poder talismânico, algumas vezes o pintando nas paredes de seus laboratórios ou inserindo-o em seus escritos. Até mesmo os iniciantes serão capazes de reconhecer alguns dos seus axiomas, principalmente o 'como acima, assim abaixo'. 


Jorge almejava com esse disco, trazer a paz de espírito para quem o ouvisse e parece que conseguiu. Alguns dos alquimistas que o influenciaram a fazer esse disco foram: Nicolas Flamel - a quem se deve a capa do disco, São Tomás de Aquino, Fulcanelli, Paracelso e outros.

Todas a canções da A Tábua de Esmeralda mantém o mesmo ritmo, porém em alguns momentos existem alterações no tempo para que a música se adaptasse as letras que por sua vez eram extensas. Jorge quis mexer o mínimo possível para que a essência dos textos alquímicos fossem passados com suas músicas.

Este disco, juntamente com África Brasil, foram um marco para a música brasileira. Mostram que Jorge Ben era um músico bem a frente de sua época, absorvendo elementos pscodélicos e lisérgicos, por conta de seu contato com a obra dos Beatles, criando esses dois maravilhosos álbuns.

Um disco que entrou pra história. E que você ouve na íntegra abaixo. Sonzeira.

Post dedicado aos "brothers" Vinícius Dall'Igna, Marcos (Mini Me) Geron e Juliano (Xule) Veronese.


Um comentário:

  1. grande brodosvaldo, obrigado pela dedicatória.
    excelente post de um excelente disco que sem duvida alguma ficou pra história de quem entende de musica de verdade.
    grande abraço

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