Uns amam e outros odeiam. E é assim que tem ser, afinal se nem Ele agradou todo mundo, quem dirá o Queens Of The Stone Age, não é? E esse antagonismo todo (em partes), até que é bom.
O que mais me impressionou, foi como as bandas de uns 10 anos pra cá, souberam utilizar a internet e todas as suas ferramentas para divulgar seus trabalhos. Quem mais se beneficiou disso no começo, foram as bandas do underground. E agora, até bandas como o Black Sabbath, tem criado um, digamos, "hype", em cima de seu novo lançamento.
E não foi diferente com o Queens Of The Stone Age. Começaram de mansinho, tocando uma música inédita do Lollapalooza, deixando os fãs com gostinho de "quero mais". Ai veio um clipe, outro, outro e agora, com o disco prestes a ser lançado, a maioria das pessoas já sabe como vai ser o novo trabalho de Josh Homme e sua trupe.
O disco todo foi concebido (ou pelo menos a maioria) quando Josh estava internado, devido à uma cirurgia que fez em seu joelho e que o acamou durante três meses. É quase como uma autobiografia, só que musical.
O QOTSA consegue deixar o disco num clima bem soturno. O disco abre com a lúgubre "Keep Your Eyes Peeled" como quem nos diz "acorda pra vida". A afinação mais baixa, característica da banda e o riff de guitarra me faz lembrar "Alone In The Dark" (alguém lembra desse jogo?)
"I Sat By The Ocean" já é mais pra cima e tem uma bela linha de baixo. Mas não se engane, pois a letra é um contraponto com a melodia. O início de "The Vampires Of Time And Memory" tem um ar meio Leonad Cohen, com a introdução do piano e sintetizador. Baladaça.
"If I Had A Tail" é a música mais legal do disco. A afinação aberta usada, o riff de guitarra e o solo serviriam perfeitamente em uma música dos Rolling Stones. Aliás, a semelhança dela com "Emotional Rescue" é demais. (Qualquer semelhança...)
"My God Is The Sun", com ares de Faith No More é o primeiro single do disco. Dave Grohl toca bateria nesse som. "Kalopsia", que parece ser composta no ritmo de um batimento cardíaco é mais uma música lúgubre. Mas só até 1:13. Ouça e comprove.
"Fairweather Friends" é onde tem a participação especial de Trent Reznor, Mark Lanegan e Elton John (isso mesmo, Sir Elton John at the piano). Aliás, esse som parece com Screaming Trees, na fase áurea do grunge.
"Smooth Sailing" é mais agitada e tem riffs à lá Prince. "I Appear Missing" é mais uma balada que beira a sofreguidão. E, pra terminar, "...Like Clockwork" uma linda balada, para terminar o disco de forma épica.
O disco é muito bem produzido, e ainda vai encabeçar em algumas listas de um dos melhores do ano. Abaixo, o disco inteiro para você tirar suas próprias conclusões. E, na boa, o disco é bom sim.
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