Nem faz tanto tempo assim, nos comecinho dos anos 90, pessoas da minha faixa etária (as que permeiam os 40 anos) eram ávidos por novidades. E, como no interior é (ou era) sempre mais difícil conseguir as coisas, sempre que surgia algo novo e relevante, consumíamos com avidez.
Foi assim quando surgiu o Nirvana e seu Nevermind. Um baita disco, inovador, sujo, som de garagem mesmo. Depois de muito tempo, redescobri este disco, que tenho ouvido com aquele ouvido que me é peculiar. Sonzeira de primeira.
Lá no meio, tem uma canção de amor. Drain You! É isso mesmo. Apesar de a música ser marcada por um riff pesado, é uma canção de amor e de total entrega: física, carnal, mental. Não importa o que as outras pessoas pensem, importa o que a outra pessoa pensa a respeito dela. Tudo do corpo pode ser compartilhado. De tão integrado a relação ele se torna a pupila do olho da amada, ou se torna o pupilo dela sem uma maçã envenenada. A parte instrumental do meio cheia de ruídos, simula um orgasmo.
Nada melhor que começar a semana curtindo "Drain You". Sonzeira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário